Para rever reforma trabalhista no pós guerra brasileiro, será preciso mudar o perfil do Congresso

Para rever reforma trabalhista no pós guerra brasileiro, será preciso mudar o perfil do Congresso

Treze de julho de 2017 foi uma data festiva em Brasília, pelo menos para um grupo restrito, que se reuniu no Palácio do Planalto. Ali, o presidente Michel Temer sancionava a Lei 13.467, da “reforma” trabalhista. O auditório estava lotado, mas apenas com representantes empresariais. Não havia entidades de trabalhadores na cerimônia. “Esta era uma demanda antiga no país”, celebrou Paulo Afonso Ferreira, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que em grande medida inspirou o teor da lei, que entraria em vigor dali a quatro meses. Temer engrossou o coro otimista: “Estamos dando mais um passo rumo a um Brasil de mais crescimento, empregos, e mais oportunidades”.

Lula e centrais sindicais se encontram com representantes dos trabalhadores e do governo da Espanha para discutir direitos trabalhistas

Lula e centrais sindicais se encontram com representantes dos trabalhadores e do governo da Espanha para discutir direitos trabalhistas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes das seis centrais sindicais brasileiras, do Partido dos Trabalhadores (Gleisi Hoffmann) e da Fundação Perseu Abramo (Aloizio Mercadante) fizeram uma reunião-seminário nessa terça-feira (11) com representantes do governo e legislativo espanhol e do PSOE sobre a revisão da reforma trabalhista de 2012 no país europeu, feita a partir de um pacto entre governo, trabalhadores e empresários.

Centrais sindicais querem debater revogação da reforma trabalhista

Centrais sindicais querem debater revogação da reforma trabalhista

O presidente da CUT, Sérgio Nobre e mais cinco presidentes de centrais sindicais divulgaram nesta quinta(6) uma nota em que defedem o debate no Brasil para que a reforma Trabalhista de Michel Temer, em 2017 seja revogada, assim como fez o novo governo da Espanha, de centro-esquerda.

Confira 15 direitos fundamentais que a MP 1045 tira dos trabalhadores

Confira 15 direitos fundamentais que a MP 1045 tira dos trabalhadores

A reforma Trabalhista de Jair Bolsonaro (ex-PSL) disfarçada na Medida Provisória (MP) nº 1045, é o maior ataque aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras na história do Brasil. É inconstitucional, afirmam os magistrados. Estimula o trabalho análogo à escravidão, denuncia o presidente da CUT, Sérgio Nobre. É o projeto da elite do atraso, diz ex-ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

MP 1045 reduz fiscalização e aumenta risco de acidentes e mortes de trabalhadores

MP 1045 reduz fiscalização e aumenta risco de acidentes e mortes de trabalhadores

A reforma trabalhista do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) contida na Medida Provisória (MP) nº 1045, que acaba com o 13º salário, férias, previdência e diminui o valor do salário dos jovens de 18 a 29 anos para metade do salário mínimo (R$ 550), também é uma ameaça contra a saúde e a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. O texto da MP prevê a diminuição da fiscalização das 37 Normas Regulamentadoras (NRs) criadas para evitar acidentes de trabalho.

MP 1.045: CUT, centrais, juízes e procuradores criticam minirreforma trabalhista

MP 1.045: CUT, centrais, juízes e procuradores criticam minirreforma trabalhista

As emendas adicionadas à Medida Provisória (MP) nº 1.045, de renovação do programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho, que está tramitando na Câmara dos Deputados, transformaram a proposta em mais uma minirreforma trabalhista criticada por representantes da CUT e demais centrais sindicais, procuradores do Ministério Público do Trabalho e juízes da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

Quatro anos de reforma trabalhista: perda de rumo do crescimento e exclusão social

Quatro anos de reforma trabalhista: perda de rumo do crescimento e exclusão social

Aprovada há quatro anos, a Lei 13.467, de “reforma” da legislação trabalhista e sindical, tramitou sob sucessivas promessas governistas de criação de postos de trabalho e segurança jurídica. Os empregos não vieram até hoje, e a lei continua sofrendo questionamentos, inclusive jurídicos. “As promessas da reforma eram falsas”, afirma a desembargadora aposentada Magda Barros Biavaschi. “Não é se flexibilizando, retirando direitos, isso todas as pesquisas mostram, que se dinamiza a economia”, acrescenta.

Empresários que defenderam a reforma trabalhista deram um tiro em si mesmos

Empresários que defenderam a reforma trabalhista deram um tiro em si mesmos

No último dia 11, o Banco do Brasil anunciou um plano de reestruturação da empresa, reacendendo o sinal de alerta para uma possível privatização. O plano prevê, entre outras medidas, o fechamento de 361 agências e a demissão voluntária de cerca de 5% do total de empregados.

Reforma Trabalhista completa 3 anos com legado de quase 14 milhões de desempregados

Reforma Trabalhista completa 3 anos com legado de quase 14 milhões de desempregados

A reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) do ilegítimo Michel Temer (MDB), que acabou com 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho CLT), completa três anos nesta quarta-feira (11) sem gerar os 6 milhões de empregos prometidos e com um exército cada vez maior de trabalhadores e trabalhadoras informais e sem direitos.

 

Cresce contratação de trabalhadores intermitentes, com menos direitos

Cresce contratação de trabalhadores intermitentes, com menos direitos

O contrato de trabalho intermitente foi a forma de contratação preferida pelos empresários durante a pandemia do novo coronavírus. Por essa modalidade, instituída pela reforma Trabalhista do golpista Michel Temer (MDB-SP), os trabalhadores e trabalhadoras são chamados pelo patrão a prestar serviços uma ou duas vezes por semana ou só nos finais de semana e podem ganhar menos de um salário mínimo por mês. Muitos sequer conseguem renda para manter a família, muito menos contribuir com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) todos os meses.

Reforma Trabalhista de Temer foi propaganda enganosa, afirma professor da UFBA

Reforma Trabalhista de Temer foi propaganda enganosa, afirma professor da UFBA

Dois anos após entrar em vigor, a reforma Trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) não gerou empregos nem deixou o país mais competitivo, como ele disse quando sancionou a lei. A promessa de criação de 6 milhões de empregos feita pelo ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles foi outra balela. Algum representante da equipe econômica chegou a falar em uma onda de formalização, o que todos sabiam que não ocorreria.

Pesquisa mostra que a vida dos trabalhadores informais piorou desde o golpe de 2016

Pesquisa mostra que a vida dos trabalhadores informais piorou desde o golpe de 2016

Trabalhadores informais reconhecem piora nas condições de vida a partir do governo Temer (MDB) e a maioria não almeja emprego com CLT, aponta pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo (FPA) em oito estados do Brasil.

Número de processos trabalhistas despenca. Ações somam R$ 30 bi

Número de processos trabalhistas despenca. Ações somam R$ 30 bi

As Varas do Trabalho, correspondente à primeira instância, receberam 1.726.009 processos em 2018, uma queda de 34% em relação ao ano anterior, quase 1 milhão a menos (2.630.522), segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Um ano após reforma, recuperação do mercado de trabalho ficou na promessa

Um ano após reforma, recuperação do mercado de trabalho ficou na promessa

Em novembro do ano passado, o então ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, declarou esperar a criação de 2 milhões de empregos em 2018 e 2019 com a aprovação da "reforma" trabalhista. Passado um ano, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira (20), mostram que essa previsão ficou distante da realidade.

Brasil é um dos lugares mais perigosos para trabalhar, e cenário deve piorar

Brasil é um dos lugares mais perigosos para trabalhar, e cenário deve piorar

Não é de hoje que o Ministério do Trabalho vem sendo desmantelado, diz em entrevista o professor Marco Gonsales, da Universidade São Judas Tadeu. "Para que existir, se a sua função é tida como um dos maiores empecilhos para o sucesso do projeto de país que essa gente aspira? O principal alvo dessa guerra não é o MT, é o trabalhador e a trabalhadora e, portanto, o trabalho, no sentido dos direitos conquistados", afirma, sobre o plano de "fatiar" a pasta, cujas atribuições, na gestão Bolsonaro, deverão se espalhar por três áreas.

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