As ciências da linguagem tendem a apresentar as línguas como neutras. Essa concepção baseia-se na visão sociológica que concebe o ser humano como um ente independente das relações sociais nas quais se insere, e sustenta, desta forma, a hegemonia de valores e visões de mundo da classe dominante. A linguagem nunca é neutra; é forjada no contexto do mundo social, embalada por relações de poder, das quais constitui representação e simbolização. O leitor tem à disposição um texto que busca contribuir para uma compreeensão da linguagem a serviço da emancipação social. Livro adotado em cursos de Magistério e de Pedagogia.
Autor: Florence Carboni e Mário Maestri
É alto o preço intelectual da hegemonia. Uma escola de pensamento só consolida essa posição quando se torna capaz de produzir “evidências”, cuja função primeira é a de fazer com que as questões da sociedade e da natureza deixem de emandar um esforço de pensamento. Mas, em um mundo complexo, em sociedades grandes, hierarquizadas e opacas, baseadas em enorme divisão social do trabalho, não há mistificação maior do que oferecer um pensamento que se apresenta como evidência e, como tal, quer unanimidade em torno de si. Essa operação ideológica, a que temos sido submetidos nos últimos anos, não é inocente. Quando tem êxito, cria o ambiente cultural propício à passividade, na medida em que produz um grande silêncio sobre normas, valores, fins e opções. As decisões parecem obedecer a critérios técnicos que se dizem rigorosos, embora definidos à revelia das necessidades humanas. Negar que existam escolhas, a serem legitimadas no debate, é a forma totalitária de legitimar as próprias escolhas.
Autor: César Benjamin e Luiz Antonio Elias
Veja o arquivo anexoO governo dos Estados Unidos expressou pela primeira vez, em 1823, a Doutrina Monroe: “A América para os americanos”. Na realidade, o verdadeiro significado do enunciado sempre foi “A América para os americanos do Norte”. Quem acompanhou todas as manifestações das autoridades estadunidenses depois do episódio de 11 de setembro de 2001, em Nova York, pode verificar que eles chamam os Estados Unidos de “a América”.
Autor: Douglas Estevam e Maíra Soares Ferreira
Veja o arquivo anexoEste livro reúne um conjunto de textos sobre vivências e práticas como respostas às necessidades sociais na perspectiva ética includente para uma vida decente, com reflexões acerca de vivências e práticas como respostas às necessidades sociais no contexto da Amazônia.
Autor: Dorosnil Alves Moreira (org.)
Leandro Konder elabora uma síntese da História do socialismo no Brasil a partir do século 19. Uma contribuição para que se conheça a história das idéias socialistas, não por meio de uma exposição caluniosa ou ‘triunfalista’, ou um relato escrito para denunciar erros ou exaltar acertos, mas através de um texto que discorre sobre as grandes questões da construção do socialismo. Livro adotado em cursos de Magistério e de História.
Os mais de três séculos de escravatura escancaram aos estudiosos a inconformidade dos trabalhadores escravizados com sua situação, a sua luta e resistência contra o regime escravista. Esta obra reconstrói o fenômeno quilombola, desde a implantação do trabalho escravizado no Brasil, nos anos de 1530, até a abolição formal do regime escravista, em 1888. Apresenta o quilombo como forma singular de resistência do trabalhador escravizado à apreensão violenta de sua força de trabalho: um confronto entre trabalhadores escravizados versus escravizadores.
Autor: Adelmir Fiabani
Reúne quatro estudos de caso: dois recuperam práticas de organização desenvolvidas por movimentos sociais e ONGs no espaço das políticas públicas; dois valorizam iniciativas de democracia deliberativa e participativa, recuperando a prática da participação. Os estudos foram desenvolvidos para se compreender a trajetória dos movimentos sociais e campos de luta que marcaram os esforços de reconstrução do processo democrático pós-ditadura militar (1964-1984), com foco nos esforços para a construção dos discursos e práticas de defesa de direitos, cidadania e participação.
Autor: Jorge O. Romano, Maristela de Paula Andrade e Mart
Nos últimos anos das Missões Guaranis, entre a morte de Sepé Tiaraju, em 1756, e a expulsão de todos os jesuítas da América do Sul, no ano de 1768, Voltaire pronunciou sua famosa frase: “A experiência cristã das Missões Guaranis representa um verdadeiro triunfo da humanidade”. No ano de 1979, mais de dois séculos depois, a UNESCO, organismo das Nações Unidas para Educação e Cultura, tombou as Ruínas de São Miguel Arcanjo como Patrimônio da Humanidade. Nos Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul, e nos 26 que existiram em território hoje da Argentina e Paraguai, a paz resultava do trabalho comunitário e cooperativo, cujos frutos eram divididos entre todos os habitantes. Não havia convivência da riqueza com a miséria. Guarani, em seu próprio idioma, significa guerreiro. Esses guerreiros, homens e mulheres, endereçaram suas energias para tarefas pacíficas, chegando ao ponto de imprimir livros, fundir sinos de bronze, fabricar violinos e compor música para tocá-los. José Tiaraju, mais conhecido como Sepé, o “Facho de Luz”, era corregedor da Redução de São Miguel, ou seja, prefeito da cidade.
Autor: Comitê do ano de Sepé Tiaraju (org.)
Veja o arquivo anexoEste livro é uma coletânea de artigos e documentos que analisam a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Foi ganizado desde uma perspectiva plural, mas dentro de uma visão crítica desse processo.
Autor: Campanha Nacional Contra a Alça
Veja o arquivo anexoQuando em 1959, em São Paulo, aos 34 anos, o jornalista, cientista social e militante do Partido Comunista Brasileiro, Clovis Moura, publicou seu primeiro livro, Rebeliões da senzala, registrou-se um novo marco na interpretação da história do Brasil. Contrariando todo o pensamento da época, mesmo o de seu companheiro de militância Caio Prado Júnior, o jovem estreante defendia desde então que, durante o período dominado pelo modo de produção escravista em nosso país, o eixo fundamental da luta de classes se concentrou entre os senhores brancos e os escravos negros.
Autor: Clóvis Moura
Veja o arquivo anexoEsta obra insere 35 depoimentos com o pensamento e as lembranças de ex-presos políticos que passaram pelo presídio Tiradentes durante a ditadura dos militares, abordando os mais diversos assuntos relativos à vida carcerária. Diversidade que tem em comum o decoro e a verdade, a moderação e a dignidade. “Enquanto o homem chegava à Lua, militantes de diversas organizações de esquerda estavam presos no Tiradentes. Neste livro alguns deles contam, mediante pequenos fatos, momentos e emoções lá vividos e assimilados, um importante contraponto à versão oficial do golpe de 64.”
Autor: Alípio Freire, Izaías Almada, J. A.