O livro reúne textos e fragmentos de Marx e Engels, que auxiliam enormemente na compreensão do papel e significado do trabalho, mediação essencial entre o homem e a natureza. Também exploram a complexa dimensão presente no processo de trabalho, que pode tanto liberar quanto escravizar, humanizar ou degradar, emancipar ou sujeitar. A desconsideração desta dupla dimensão permitiu que muitos autores, equivocadamente, defendessem o fim do trabalho. O desafio maior da humanidade, entretanto, é dar sentido ao trabalho humano e, desse modo, tornar a nossa vida também dotada de sentido.
Autor: Ricardo Antunes
O livro apresenta os mecanismos utilizados pelo capital japonês para terceirizar (precarizar) a força de trabalho no Brasil. O estudo na Honda, em Sumaré (SP), mostra como significado maior da terceirização a redução do preço da força de trabalho e o acirramento da divisão no seio da classe trabalhadora (maior exploração e maior dominação). Mostra ainda como essa divisão no universo do trabalho gera diferentes formas de representação sindical: desde as comprometidas com a defesa dos trabalhadores até as que se subordinam ao capital.
Autor: Paula Regina Pereira Marcelino
O livro de Geraldo Augusto Pinto vem suprir uma importante lacuna para aqueles que querem ter uma melhor compreensão do que significam os termos fordismo, taylorismo e toyotismo. Escrito de modo bastante didático, mas sem perder a qualidade necessária, o autor mostra quais são os principais elementos que identificam e diferenciam o taylorismo e seu controle do tempo, o fordismo e sua produção em série e o toyotismo e sua produção flexível, todas acarretando, entretanto, enormes perdas para os trabalhadores e trabalhadoras.
Autor: Geraldo Augusto Pinto
Este livro realiza um estudo aprofundado e cuidadoso das complexas relações entre ciência, técnica, trabalho e capital. Parte especialmente dos desconhecidos Manuscritos de 1861/1863, de Marx (dialogando também com outras obras do mesmo autor), para demonstrar como o binômio ciência e técnica é, em última instância, plasmado e moldado pelas relações capitalistas. Ao mesmo tempo em que elas impulsionam o desenvolvimento tecnológico, acabam por impedir que a tecnologia possa efetivamente ser voltada para o atendimento das necessidades humanas e sociais.
Autor: Daniel Romero
Frente ao intenso processo de desemprego imposto pela lógica do capital, as respostas dos trabalhadores também se ampliam e se intensificam. Contra a visão de uma tecnologia neutra e fetichizada, o autor explora alguns caminhos possíveis da apropriação coletiva dos meios de produção nas "fábricas recuperadas" na América Latina. Ele também faz uma extensa revisão bibliográfica dos autores críticos das forças produtivas e afirma que estas há muito se converteram em "forças destrutivas".
Na argentina, várias empresas foram abandonadas pelos patrões e estão sendo "recuperadas" pelos trabalhadores que hoje estão no seu controle, direção e gestão. Compreender melhor o significado destas lutas como respostas decisivas frente ao crescimento do desemprego e subemprego na Argentina, Brasil e Uruguai é a principal contribuição deste livro.
Autor: Henrique Tahan Novaes
Este livro contribui para o entendimento do mundo do trabalho hoje pelo estudo do processo de reestruturação produtiva implementado pela GM, bem como pelas diversas formas de resistência e de organização dos metalúrgicos. Sua publicação vem, portanto, suprir uma importante lacuna nos estudos sobre o movimento operário recente no Brasil.
Autor: Gilberto Cunha Franca
Este livro analisa os principais pontos nefastos presentes na política de privatizações praticada no Brasil desde o início da década de 1990. Demonstra como a direção da empresa a desestruturou e a "preparou" para a privatização. Merece destaque especial, o "envolvimento" do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda como co-participantes da privatização, que é reflexo do surgimento de uma nova concepção do sindicalismo, que vai da luta de classes à parceria.
Autor: Edílson Graciolli
Este livro é, provavelmente, a primeira pesquisa realizada no país sobre o Sistema Toyota, implantando na região de Campinas (SP). Ele mostra como o “toyotismo” se estrutura e como organiza a dominação e o controle sobre os trabalhadores. Mostra também que, ao contrário do que pensava o capital japonês aqui instalado, os trabalhadores da Toyota têm oferecido resistência, que o “toyotismo” não tem conseguido impedir. Trata-se, portanto, da radiografia da dominação do capital e das resistências operárias que o mundo do trabalho tem construído no Brasil.
Autor: Eurenice de Oliveira