Nas duas últimas décadas o mundo do trabalho sofreu profundas transformações. O perfil sócio cultural dos(as) trabalhadores(as) mudou drasticamente. Pouco resta da conjuntura que originou as organizações sindicais CUTistas do ramo metalúrgico. A democratização do estado, por outro lado, revestiu de grande importância a luta por políticas públicas e direitos sociais através da participação nos espaços públicos. Essas mudanças se consolidaram no período neoliberal, que deixou cicatrizes que ainda não foram superadas, apesar da conjuntura favorável que estamos vivendo nos últimos anos. Essa conjuntura complexificou a agenda do sindicalismo combativo e CUTista. Faz algum tempo que temos a compreensão de que as nossas tarefas exigem um grau de formulação bastante elevado. Para isso, o investimento na formação é uma das grandes prioridades da Federação e dos Sindicatos dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS. Ao longo destes anos, o elenco das ações de formação que a Federação participou, direta ou indiretamente, é bastante extenso. Já tivemos experiências de formação de dirigentes congregando os três estados da região sul, esse projeto realizado em meados da década de 90 fundamentou o nascimento do Programa Integrar. Participamos ativamente no Programa de Formação de Dirigente desenvolvido pela CNM através do Integrar. Marcamos a nossa presença na modalidade de extensão universitária, através da parceria do Integrar com a Unicamp e a Universidade de São Carlos. No estado, desenvolvemos várias atividades de formação valorizando os espaços das regionais. Além disso, promovemos constantemente seminários e debates na Federação sobre temas candentes da conjuntura nacional e da realidade do nosso ramo. No período de 2007/2008 a Federação, em conjunto com os diversos sindicatos de trabalhadores metalúrgicos elaborou uma política de formação. A espinha dorsal desta política é o desenvolvimento de um curso de longa duração, com um temário bastante diversificado e voltado para dirigentes intermediários. Também faz parte desta política, apoiar sistematicamente os sindicatos na elaboração de planos de formação específicos. Por fim, temos planejado, a realização de ciclos de debates para avançarmos na compreensão e formulação de políticas em temas mais estratégicos da nossa agenda. Essa política de formação é gestionada pelo coletivo estadual de formação da Federação, a partir dos seguintes objetivos: 1. Capacitar os dirigentes sindicais para fortalecer o projeto político e organizativo dos metalúrgicos do Rio Grande do Sul. 2. Apoiar e articular os Sindicatos em seus respectivos planos de formação; 3. Estabelecer a interlocução entre as ações estaduais de formação com a política nacional de formação da CNM e da CUT.
