Depois de três anos de impasse, as obras para a construção de duas plataformas no estaleiro da QGI, em Rio Grande, no Sul do estado, devem ser retomadas. No entanto, os trabalhadores ainda estão inseguros porque o número de vagas diretas e indiretas a serem geradas de forma gradual é menor que os mais de 7 mil desempregados, conforme estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande.
São 1,2 mil vagas de emprego direto e outras 3 mil vagas indiretas que devem ser geradas, que devem atrair trabalhadores de outras regiões, aumentando ainda mais a disputa por um emprego.
A fila em frente ao Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Rio Grande foi grande no decorrer de quarta-feira (5) para as vagas oferecidas por duas empresas terceirizadas que prestam serviços para a QGI.
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Apesar da boa notícia, o Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande diz que o novo cenário que pode se criar na cidade gera preocupação. “Por ser o único polo atuante no país, está descendo gente de tudo que é lugar no país para pegar essas vagas. Sendo que nós temos cerca de 7 mil trabalhadores desempregados aqui“, diz Benito Gonçalves, presidente do sindicato.
A preocupação é a mesma para o lixador Claudio Martins, que teme que pessoas de outras partes do país se desloquem para a região. \"Temos essa notícia regional, em nível nacional, e outras pessoas podem acabar descendo para cá. E nós aqui na cidade estamos com dificuldades para conseguir as vagas\", afirma.
A empresa, no entanto, diz que a mão de obra local será priorizada. Atualmente 300 pessoas trabalham no estaleiro. O impasse para o começo das obras das plataformas P-75 e P-77 começou em setembro de 2013, quando estaleiro e a Petrobras assinaram o contrato de US$ 1,6 bilhão. No entanto a liberação de valores adicionais atrasou as obras./ Agora, com a garantia de início, a previsão é que sejam entregues em 2018.
Fonte: Nathalia King/RBSTV