Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo intensificam mobilizações

Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo
Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo intensificam mobilizações

A categoria metalúrgica de São Leopoldo já está há mais de 15 dias em estado de greve e fazendo diversas paradas nas portas das fábricas, mas infelizmente a patronal está pagando para ver, pois não apresenta proposta e nem sequer marca uma nova reunião.

Na assembleia realizada no dia 29 de julho, os trabalhadores lotaram o Sindicato, dando resposta à proposta dos empresários e decidindo por entrar em estado de greve. Este foi o primeiro passo de nossa luta.

E, como não poderia ser diferente, todos os trabalhadores e trabalhadoras da base estão dispostos a lutarem por um reajuste digno e pelas cláusulas sociais. O sindicato completou em fevereiro último 66 anos, com um acordo coletivo com 56 cláusulas. A cada ano busca inserir novas cláusulas que beneficiem os trabalhadores em suas verdadeiras necessidades e que não são contempladas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Esse é um dos principais motivos de nossas lutas, pois além do reajuste econômico, temos que manter e ampliar nosssas cláusulas sociais.

No dia 17 de agosto foi a vez dos trabalhadores da STIHL atrasarem a pegada por mais de 3 horas. A STIHL faz parte da mesa patronal e tem grande peso na negociação.

Os trabalhadores(as) da empresa demonstraram indignação, quando no momento da crise em 2009 a empresa não demorou a demitir os trabalhadores até mesmo aqueles que se consideravam "peixe" da direção. Hoje, com a produção em alta, estão cobrando horas-extras a todo momento. Finais de semana e feriados livres para o lazer e descanso já são raros, e na hora de reconhecer o valor da mão-de-obra desses companheiros a empresa diz NÃO! 

Segundo o dirigente da fábrica Fabiano, Gerson (frangão) lamenta não estar presente nesta batalha devido aos seus problemas de saúde que o afastaram do trabalho na empresa, mas deixa claro que assim que estiver reabilitado estará de volta à frente com seus companheiros.

"Teve o disparate de quando um setor da STIHL quebrou os recordes de produção ao invés de darem um prêmio para cada trabalhador em forma de dinheiro ou uma bonificação, chamaram todos do setor e agradeceram o empenho e entregaram uma placa para colocarem na parede do setor da fábrica. Isso é uma vergonha! Uma empresa multinacional que se diz uma das melhores do Brasil para se trabalhar", relata Fabiano.

A tarde houve uma parada na Delga de São Leopoldo, empresa que tem filial em São Paulo. "Esses mesmos trabalhadores a bem pouco tempo travaram uma batalha pela PLR e tiveram sua conquista, agora estão unindo forças com toda a categoria em busca de reajuste salarial. Os trabalhadores também mostraram sua disposição de buscar um acordo justo!", diz o dirigente da fábrica Adilson.

E as paradas continuam!  Vamos à  luta em busca do acordo coletivo e de um reajuste digno!

 


Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo

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