Termina greve na AGCO

Na manhã desta quarta-feira, 13, os metalúrgicos da planta de Santa Rosa da AGCO decidiram em assembleia aceitar o acordo negociado com a empresa, em audiência realizada na última sexta, e voltar às atividades.
Foi promovido um café da manhã, antes da votação secreta, para os trabalhadores junto com a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Rosa, representantes da CUT, CNM/CUT e apoiadores de diversos sindicatos. A aprovação pelo fim da greve foi de 55%.
A audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 4° Região foi realizada pela Desembargadora Rosane Serafini Casa Nova com assessores jurídicos da FTMRS, da AGCO, direção do Sindicato de Santa Rosa e da empresa.
Os representantes dos metalúrgicos expuseram para a desembargadora a atual situação vivida pelos companheiros de Santa Rosa e a disparidade em termos de salários e tratamento com os funcionários da planta de Canoas.
O presidente do sindicato, Janir Lino Morais, explicou que nunca foi intenção parar a produção, mas que a atitude drástica foi tomada após a posição da empresa em deixar a situação tomar proporções dramáticas. “Esta é uma demanda dos trabalhadores. A situação ficou tão insuportável que tivemos que parar”, desabafou.
A greve iniciada no dia 6 de fevereiro foi deflagrada após a intransigência patronal não atendendo às diversas manifestações do sindicato, iniciadas a mais de 90 dias, para negociar.
Após 4 horas de audiência, foi tirado um acordo, apresentado hoje para os trabalhadores. A volta da produção foi condicionada ao que segue:
• Reajuste - aumento real de 1%, mais 2% a titulo de antecipação da data-base, totalizando 3% de reajuste a contar a partir de 1° de fevereiro.
• Vale Transporte - subsídio ao vale transporte de 4%, ou seja, o trabalhador terá um desconto de até 2% do salário e não mais 6%.
• Plano de Cargos e Salários - será constituída uma comissão entre a empresa e o sindicato para o desenvolvimento do plano de cargos e salários a ser implantado em janeiro de 2014.
• Redução da Jornada de 44h para 42h – a empresa comprometeu-se a reiniciar as negociações na data-base da categoria.
Esta grande paralisação termina com a certeza de que a força da categoria foi mostrada e de que os patrões viram que os trabalhadores não estão brincando. “A luta ainda continua, mas mostramos um movimento vitorioso, baseado na união e que sai fortalecido politicamente.”, salienta Morais.
Fonte: Assessoria de Comunicação FTMRS