Alimentação Saudável: Regionais se reúnem para debater estratégias

Márcia Machado/H20Comunicação
Alimentação Saudável: Regionais se reúnem para debater estratégias
Reunião discute alimentação saudável com movimentos sociais rurais e urbanos em Passo Fundo

Na semana passada, as regionais Missões, Centro e Planalto promoveram encontros para tratar sobre a questão da alimentação saudável e estratégias de execução da parceria entre trabalhadores ruarais e urbanos.

Os movimentos sociais urbanos e rurais vêm intensificando o debate sobre a alimentação saudável do Programa de Valorização da Agricultura Camponesa, a qual faz parte do Plano Camponês. O projeto é do governo estadual e angaria recursos para benefício da agricultura camponesa. Os recursos somam um total de R$ 50 milhões, oriundos por meio do Fundo Social do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que entra com R$ 25 milhões da quantia, mais R$ 25 milhões de contrapartida do Governo do Estado. O projeto prevê recursos para ações voltadas à produção, comercialização, industrialização agroecológica, dentre outras.

Frente a essa realidade a Federação dos Metalúrgicos do RS e movimentos ligados a Via Campesina, estiveram reunidos em Santa Cruz, Santa Rosa e Passo Fundo, entre os dias 3 e 5 de dezembro para discutir a produção, distribuição e consumo da alimentação saudável. 

Uma luta não só dos camponeses, mas também dos metalúrgicos que tiveram como tema de reivindicação a alimentação saudável nos refeitórios das empresas, alimento que seria adquirido através da produção camponesa.

Na última quinta-feira (5), a reunião ocorreu em Passo Fundo. O presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS, Jairo Carneiro, participou da atividade e chamou a atenção para a importância desta discussão “significa discutirmos a produção do alimento saudável, pois o programa da produção camponesa que o governo do estado financia é a possibilidade de trazer condições de vida ao produtor e mantê-lo no campo e ao mesmo tempo, oferecer um alimento de qualidade e livre de agrotóxicos ao trabalhador da cidade, em especial da indústria”, destaca Carneiro.

Ainda destacou que a região de Passo Fundo está com uma discussão bem avançada, mas lembrou que é importante ter projetos permanentes “os metalúrgicos são consumidores que ao se unir com os camponeses podem fazer com esse projeto alimentar tenha êxito”, comenta Carneiro.

Para o representante do Mape – Movimento dos Atingidos por Barragens, Marco Antônio “produzir comida saudável e fazer chegar a mesa do trabalhadores tem várias vantagens, viabilizado o agricultor economicamente, mantém o homem no campo e faz o trabalhador se alimentar melhor. Os metalúrgicos estão propondo uma nova realidade, a partir do Plano Camponês”.

“São condições importantes para que tanto os camponeses como os trabalhadores da cidade se organizem para encurtar caminhos, onde os produtores produzem e as categorias consomem, sem atravessadores e de forma saudável. Apesar dos camponeses terem somente 26% da terra e 13 % do crédito, nós produzimos 70% do alimento que vai na mesa do brasileiro e geramos 84% dos empregos diretos no campo, somos uma força econômica muito grande, já que a agricultura familiar e camponesa tem 30% da produção bruta aqui no Estado”, revela o coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Romário Rossetto.

Conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Passo Fundo, Ailton Araújo, “a região está organizada, tanto que já existe um projeto para se construir um complexo na cidade que contemple a alimentação saudável, com a construção de uma cozinha, refeitório, central de distribuição, creche, lavanderia, sala de costura, farmácia, cooperativa de microcrédito, padaria e escola, porém, ainda está fase de estudo e discussão, pois temos construir no coletivo e de forma permanente”.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Passo Fundo

 

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