Conjuntura Brasileira é discutida em evento promovido pela FTMRS

Conjuntura Brasileira é discutida em evento promovido pela FTMRS

Na manhã de hoje, 23, a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS promoveu um encontro para dirigentes sindicais com o objetivo de refletir sobre a conjuntura brasileira e sobre os desafios apresentados pelo desenvolvimento. Clemente Ganz Lúcio, Diretor Técnico do DIEESE, Milton Viário, Assessor Especial do Gabinete do Governador do RS e Cedenir de Oliveira, Coordenador da Via Campesina do RS, foram os palestrantes.

De acordo com Clemente, o modelo brasileiro construído a partir do governo Lula tem como objetivo gerar emprego e renda. Esta política sem sombra de dúvidas alavancou o crescimento do Brasil e agora temos que nos preparar para a segunda etapa do processo: como sustentar este crescimento?

O diretor do Dieese alertou para a questão da desindustrialização enfrentada no país. “Não há país desenvolvido sem indústria forte. A indústria é a base da inovação tecnológica em uma nação. Precisamos encontrar alternativas para o processo industrial.”

Com relação ao papel do movimento sindical, o palestrante colocou dois desafios atuais:

- Pensar com clareza sobre qual estratégia queremos desenvolver para o setor industrial. A classe trabalhadora está totalmente inserida nesta problemática.

- As negociações de trabalho e de salário devem ser feitas em função dos resultados que podemos produzir na estratégia de política industrial.

Milton Viário, ex-presidente da FTMRS e assessor do governador Tarso Genro, apresentou um balanço das ações do Governo para a retomada do crescimento do Rio Grande do Sul, entre elas a criação de políticas de incentivo para a agricultura camponesa e de diversos setores da indústria, a captação de investimentos através da Agência específica para atrair capital para o Estado e os investimentos no setor cooperativo.

O coordenador da Via Campesina do RS, Cedenir de Oliveira, ressaltou que o modelo de agricultura atual não é um modelo sustentável para o futuro.  Este modelo não leva em consideração questões vitais como a relação com o meio ambiente e a própria saúde dos consumidores, uma vez que se utiliza de veneno para a manutenção das plantações. Para o movimento camponês a luta deve ser norteada pela questão da soberania alimentar.

Os metalúrgicos estão inseridos no debate sobre a alimentação saudável e na construção de políticas para que os trabalhadores tenham acesso ao alimento orgânico produzido de forma consciente pela agricultura familiar.

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