Sindicato de Erechim entrega CHEQUE ZERO para trabalhadores da Intecnical
O Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim protestou contra a empresa Intecnical, que informou que seu funcionários não alcançaram as metas do PPRI em 2011. Os trabalhadores receberam um "cheque zero", simbólico, numa mobilização feita em frente à empresa. O vice-presidente do Sindicato, Selmar Baú, denunciou o descaso, a falta de diálogo e de valorização com que a empresa vem tratando a questão da distribuição dos resultados entre os trabalhadores.
No ano passado, o processo de implantação do PPRI foi apresentado aos trabalhadores e ao Sindicato sem qualquer discussão prévia. O programa estava pronto e as metas a serem alcançadas eram absurdas."Lamentamos e repudiamos a forma como a Intecnial expôs os seus trabalhadores ao constrangimento, criando uma falsa expectativa ao reuni-los na URI para o anuncio do resultado do PPRI 2011", disse o vice-presidente do Sindicato, Selmar Baú.
Depois de anunciar o balanço de 2011 e que as vendas já estão fechadas para 2012, a empresa comunicou aos seus funcionários que, mais uma vez, não tinha alcançado os números para promover a participação nos resultados. "Isso depois de deixar de passar informações sobre o andamento do PPRI desde agosto, num descaso com os trabalhadores. O Sindicato se propõe a discutir com os trabalhadores e negociar com a empresa uma proposta de PPRI que realmente os valorize e respeite", alegou Selmar.
O dirigente afirmou que o PPRI da Intecnial "é uma imposição, uma arbitrariede". "O Sindicato é impedido de participar das negociações. Depois, com o plano pronto, se não assina, é culpado por não dar aos trabalhadores a oportunidade de ganhar um pouco mais, e se assina, sabe que o plano é imposto de cima pra baixo, com metas absurdas, num plano que não é explicado e nem negociado." O sindicato lembrou nas empresas nas quais o Plano de Participação nos Resultados é discutido com os trabalhadores e o sindicato, é mais fácil obter resultados.
Indicação premiada
A Intecnial arrumou outra forma de “valorizar os trabalhadores”. Os que indicam alguém para uma vaga ganham bonificação se o colega passar do o tempo de experiência. "Se o trabalhador tiver valorização, não precisa de prêmio por indicação. Por outro lado, se o trabalhador sente que vai ser valorizado, não precisa de indicação, ele mesmo vai procurar o emprego", alertou Selmar. "Trabalhador, cuidado para não perder um amigo nesse programa!"