Sapiranga: Metalúrgicos Terão 8% De Reajuste Salarial
Reunidos em assembleia geral na noite da quinta-feira, 8 de julho, os metalúrgicos decidiram por unanimidade aprovar a proposta amadurecida na mesas de negociação, realizadas entre representantes patronais e dos trabalhadores, colocando um fim na campanha salarial deste ano.Entre as principais conquistas está o reajuste salarial de 8%, sendo 5,5% retroativos a 1° de maio (data-base da categoria) e o restante a partir de 1° de agosto. Tal reajuste repõe as perdas causadas pela inflação entre maio/2009 e abril/2010, segundo o INPC, e garante um aumento real de 2,38% para toda a categoria.
Neste ano, além do reajuste acima da inflação, os metalúrgicos de Sapiranga, Araricá e Nova Hartz conquistaram dois importantes avanços em sua convenção coletiva. O primeiro é a ampliação do adicional noturno para até às 7 horas da manhã, beneficiando os trabalhadores dos turnos da noite. O segundo é o auxílio creche de R$ 100,00 para as trabalhadoras acima dos 16 anos das empresas com mais de 20 empregadas que não possuam creche própria ou convênio com creches municipais ou particulares, pelo período de 18 meses a contar do retorno da licença-maternidade.
“Apesar de a conjuntura nacional ser favorável para grande parte das empresas, não foi fácil arrancarmos um reajuste que fosse considerado digno por todos nós. Mais uma vez os patrões endureceram na mesa de negociações, o que fez com que tivéssemos que nos mobilizar para atingir o objetivo”. Essa é a opinião de Mauri Schorn, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sapiranga e Região.
Segundo ele, devido à crise econômica mundial, entre o segundo semestre de 2008 e o primeiro de 2009, a base metalúrgica foi muito prejudicada pela onda de demissões, perda ou flexibilização de benefícios e direitos, e arrocho salarial via rotatividade de pessoal. “Por isso, precisávamos conquistar um bom dissídio, com aumento real e avanços nos benefícios”, concluiu.
Embora não tenham conseguido conquistar integralmente o que queriam, os metalúrgicos consideraram o dissídio acordado muito bom para a categoria porque conquistou aumento real nos salários, a ampliação do pagamento do adicional noturno para até as 7 horas da manhã e o auxílio creche para parte das trabalhadoras metalúrgicas.
Schorn fez questão de ressaltar: “se não fosse a união, a organização e a disposição de luta não só do sindicato e sua diretora, mas de todos os trabalhadores e trabalhadoras das fábricas de nossa categoria, que não tiveram medo de atender o chamado à mobilização, dificilmente a gente iria conquistar a recuperação dos salários e estes importantes avanços. A categoria provou que não estava com medo e que valia a pena se mobilizar”.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Sapiranga