Frio chega e campanha salarial esquenta
Embora a temperatura tenha esfriado nos últimos dias, a campanha salarial está
começando a esquentar de vez! E tende a ferver, já que os patrões resolveram oferecer
esmolas nas mesas de negociação no Estado. E em Sapiranga, em nossa base metalúrgica a
situação não é diferente. No dia 12 de maio, os patrões nem falaram de salário na
primeira reunião de negociação. Depois de alguns dias, por telefone, ofereceram 7%
de reajuste, índice oferecido para outros sindicatos metalúrgicos no Estado e que mal
repõe as perdas de nossa categoria. “Cheguei até a pensar que fosse um trote. A
proposta foi tão absurda que falei para o representante patronal que nem valia a pena
chamar uma reunião de diretoria para avaliá-la”, relatou o presidente do sindicato,
Mauri Schorn.
No Estado – Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos (FTM/CUT), Flávio
de Souza, o Flavião, a realidade não é muito diferente em outras bases metalúrgicas.
Segundo ele, as negociações estão trancadas ou com propostas muito abaixo da
expectativa da categoria. Algumas bases, como Canoas, que também tem proposta de
7%, já estão preparando greves pra forçar os patrões a levar a sério as reivindicações
dos trabalhadores. “Não há porque eles oferecerem uma proposta salarial tão ruim, já
que a economia está estável e as empresas metalúrgicas nunca produziram e lucraram
tanto como nos últimos anos”, disse. O sindicato está fazendo a sua parte, promovendo.
e intensificando as mobilizações nas fábricas, que vão desde a distribuição de boletins
até a realização de assembleias, com ou sem atraso na pegada. Um bom exemplo
é a mobilização ocorrida na Metalúrgica Konrath, no dia 19 de maio. Na ocasião, os
trabalhadores também fizeram a sua parte permanecendo do lado de fora sem forçar a
entrada, mostrando unidade e disposição de luta.
Faça também a sua parte!
Fonte: STMetal