Dia Nacional de Mobilização da CUT reúne 6 mil na Capital

Emmanuel Denaui
Dia Nacional de Mobilização da CUT reúne 6 mil na Capital

Diversas atividades marcaram o Dia Nacional de Mobilização promovido nesta quinta-feira, 18. Em Porto Alegre, cerca de 6 mil trabalhadores do campo e da cidade se uniram para destravar a pauta comum de reivindicações entregue à presidenta e ao Congresso na Marcha das Centrais e dos Movimentos Sociais realizada no início de março.

No início da manhã, os metalúrgicos fizeram paralisações nas portas de fábricas em Canoas (Midea Carrier, antiga Springer), Sapucaia (Inpel), Porto Alegre (Parker e GKN), além de assembleias e mobilizações durante o dia em Carazinho e Venâncio Aires, com a participação de companheiros das regionais que abrangem o Estado.

Após as atividades nas fábricas, os companheiros dirigiram-se para a concentração, em frente ao prédio do INSS, para grande ato contra o Fim do Fator Previdenciário. No local estavam presentes representantes de diversas entidades entre elas: MTD, MPA, Via Campesina, MST, Federação Democrática dos Sapateiros, Sinpro, Feteesul, Sintae, Sintrajufe, Sitracom, CPERS/Sindicato, FEMERGS, CONTEE, SEMAPI, FTIA-RS, Sindiserf, MNLM, Sindisaúde, SindBancários e Sinttel.

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Paulo Cayres, o Paulão, lembrou que no ABC paulista, mais de 80% das fábricas já trabalham em regime de 40 horas semanais. Para ele só através da organização conseguiremos avançar em nossa pauta. A questão do fator previdenciário também foi alvo de indignação. “Os trabalhadores querem e têm o direito de se aposentar com dignidade. O fator previdenciário é um roubo!”, disse.

Em sua fala, o presidente a Federação dos Metalúrgicos do RS, Jairo Carneiro, reforçou a importância deste chamado da CUT pela defesa da pauta da classe trabalhadora e, em especial no RS, pois marca a força da aliança entre campo e cidade. O dirigente também salientou a necessidade em dar atenção e espaço para a organização da juventude nos movimentos sociais.

Representantes de entidades sindicais e movimentos sociais falaram sobre a pauta de luta nacional: reforma agrária, 40 horas semanais sem redução de salários, fim do fator previdenciário, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, política de valorização dos aposentados, 10% do PIB para a educação, 10% do orçamento da União para a saúde, correção da tabela do imposto de renda, ratificação da Convenção 158 da OIT e ampliação do investimento público.

De acordo com o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, os trabalhadores estão lutando pelo desenvolvimento do país. Não se deve focar apenas em crescimento para o país, mas em desenvolvimento com distribuição de renda e políticas públicas.

Do INSS, os trabalhadores seguiram em marcha pelas ruas do Centro da Capital até o prédio da Receita Federal para juntar-se aos integrantes da Via Campesina, que estavam acampados no local desde terça-feira, 16.

 

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