Conselho dos Sindicatos define ações para a segunda etapa do plano de enfrentamento da reforma trabalhista

Conselho dos Sindicatos define ações para a segunda etapa do plano de enfrentamento da reforma trabalhista

Na manhã desta terça-feira (5) o Conselho de Sindicatos da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTMRS/CUT) esteve reunido para debater a segunda fase das ações de enfrentamento da reforma trabalhista. Desde o início de agosto, os 29 sindicatos filiados à FTMRS estão colocando em prática estratégias de esclarecimento e combate às consequências da Lei n° 13.467, de 13 de julho de 2017 que regulamenta a reforma e começará a vigorar em novembro.

O secretário geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Loricardo Oliveira, e o assessor jurídico da FTMRS, Lauro Magnago, participaram do encontro com os representantes dos sindicatos que integram a entidade. As discussões foram divididas em três pontos: avaliação da primeira fase das ações, custeio sindical a partir da entrada em vigor da nova legislação e as mobilizações nacionais que acontecerão dia 14 deste mês.

 Debates pelo RS sobre a reforma trabalhista

 Na primeira parte do encontro, os presentes avaliaram as reuniões promovidas com as diretorias dos sindicatos e os representantes da FTMRS para a compreensão das mudanças que virão com a nova lei. Os dirigentes esclareceram suas dúvidas e deram sugestões sobre a cartilha que foi produzida como material de apoio aos encontros.

 Para o secretário de imprensa e divulgação da FTMRS, Milton Viário, esta etapa é de aprofundamento e apropriação do conteúdo da reforma, para que os dirigentes possam informar, unir e mobilizar os metalúrgicos no chão de fábrica.

O assessor jurídico, Lauro Magnago,  ressaltou que a partir de novembro, passará a vigorar uma nova forma de negociação. Até então a base era a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para ele, os sindicatos já devem começar a se preparar para as campanhas salariais de 2018 que serão realizadas em novos termos.

O advogado também apresentou um relato sobre o que foi discutido na reunião do Coletivo Nacional Jurídico do Macrossetor da Indústria da CUT, realizada no final de agosto em São Paulo. Os encaminhamentos do encontro serão repassados pela CNM para que sejam enviados aos sindicatos.

Na avaliação do secretário geral da CNM, Loricardo Oliveira, o tipo de discussão que está sendo proposto pela FTMRS é fundamental. "O que está acontecendo aqui no RS, assim como em São Paulo e nos outros estados é de extrema importância. A discussão da reforma passa pelo entendimento dos trabalhadores, mas é preciso da vontade das direções dos sindicatos em buscar essa mobilização nas fábricas". 

Oliveira informou que a partir de outubro será construída uma plenária com todos os estados para a criação de um plano nacional para o enfrentamento da reforma nos acordos e convenções coletivas.

  Custeio sindical

A segunda fase do encontro tratou do custeio sindical. De acordo com o secretário de Finanças da FTMRS, Ademir Bueno, a partir de agora, quem vai decidir o tamanho dos sindicatos são os trabalhadores. "O trabalhador precisará compreender o sindicato como ferramenta de luta e não apenas como assistência social".

As entidades terão que rever seus gastos e estrutura patrimonial, buscar o aumento da sindicalização e pensar em formas de sustentação para as federações e confederação que representam as categorias.

Hoje, os trabalhadores contam com uma série de benefícios como assistência jurídica e médica, áreas de lazer e outros serviços de apoio. Para o presidente da FTMRS, Jairo Carneiro, acabar com estes benefícios não é a solução, mas é preciso que os trabalhadores compreendam a importância dos sindicatos e que passem a apoiá-los por meio da sindicalização.

  14 de setembro! Dia Nacional de Mobilização

 O setor da indústria estará unido no próximo dia 14, para o Dia Nacional de Mobilizações. Segundo o Secretário Geral da CNM, Loricardo Oliveira, um dos objetivos das paralisações, assembleias e atos é que os trabalhadores possam compreender os novos tempos que vêm pela frente. "É preciso dizer ao Brasil que a reforma trabalhista tem que ser revogada", alertou.

O dia 14 será contra as reformas trabalhista e  da Previdência e por uma política industrial brasileira.  

Na sequência, a  CNM prepara juntamente com outras áreas da indústria, uma grande Assembleia Nacional da Indústria, envolvendo todas as centrais, para o dia 29 de setembro. O objetivo é discutir alternativas para o setor.

 

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