Campanha Salarial em São Leopoldo: Paralisações pressionam por melhores propostas dos patrões
As paralisações do estado de greve tiveram início hoje, na empresa Taurus unidade São Borja. Os trabalhadores (as) foram convocados a ficarem do lado de fora da empresa unindo forças aos sindicalistas.
Apesar do frio, todos se mantiveram atentos aos relatos dos companheiros do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo, de outros sindicatos dos metalúrgicos da região, de membros da Federação dos Metalúrgicos da CUT/RS e da CNM que ali estavam reforçando a luta.
Os relatos falaram sobre a importância de termos neste momento de produção em alta, avanços nas cláusulas econômicas e nas cláusulas sociais, pois com a crise do ano passado não tivemos muito que negociar. Hoje, com o aumento da produção e consequentemente alta nos ganhos, o patronal não quer saber de melhorar a proposta na questão econômica e muito menos aceita que avancemos nas cláusulas sociais.
Os metalúrgicos pediram na mesa de negociações que o auxílio-creche, que hoje é pago R$ 137,00, para cada filho das trabalhadoras até 18 meses depois do retorno da licença-maternidade (nas empresas com 20 ou mais trabalhadoras), fosse ampliado para 36 meses após a licença e que fosse 30% do piso maior da categoria. Os patrões, por sua vez, só consideraram a ampliação do auxílio-creche para as empresas com 15 ou mais trabalhadoras, porém nos mesmos moldes do que é pago hoje.
Outro ponto da pauta dos metalúrgicos que os patrões sequer aceitaram discutir foi a redução de jornada para 40 horas semanais, sem redução nos salários que é uma bandeira nacional.
O sindicato também reivindicou que o quinquênio passasse a ser triênio, com o mesmo percentual de 3%. A resposta dos empresários foi negativa para esta cláusula, assim como para as demais que os trabalhadores queriam inserir no acordo coletivo 2010/2011.
Em relação à cláusula econômica o índice apresentado pelos trabalhadores foi de 10% de reajuste nos salários gerais e 14% nos pisos da categoria. O patronal ofereceu após várias negociações o limitador de 7% nos salários gerais e 8,5% nos pisos, índices que foram rejeitados por unanimidade na assembléia realizada em 29 de julho. Na assembléia, os metalúrgicos aprovaram o estado de greve.
"Convocamos a todos os trabalhadores e trabalhadoras da base do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região que estejam preparados para as manifestações nos portões das fábricas, para que com isso possamos avançar e chegarmos a um aumento digno de nossa mão de obra!” convoca a secretária de Divulgação do Sindicato, Shirley Cruz.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo