Acordo Coletivo Garante Reajuste Acima Da Inflação Em Porto Alegre

Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre
Acordo Coletivo Garante Reajuste Acima Da Inflação Em Porto Alegre
A assembleia geral realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre na noite do dia 08 de julho aprovou o acordo coletivo que garante reajuste salarial e dos pisos das categorias (Metalurgia, Reparação de Veículos e Máquinas Agrícolas) e também mantém as cláusulas sociais.

Metalúrgicos de todas as regiões da base de Porto Alegre participaram da assembleia, a exemplo da mobilização que marcou a Campanha Salarial. Aliás, a adesão dos trabalhadores foi fundamental para o andamento das negociações que culminaram com a proposta apresentada no acordo.

Pressão dos trabalhadores faz patrões recuarem

Mais uma vez a Campanha Salarial iniciou com a choradeira dos patrões, que alegavam não ter condições de dar o reajuste exigido pelos trabalhadores. E, novamente, a mobilização dos metalúrgicos, que se mostraram dispostos a tudo para conquistar um reajuste digno e a manutenção das cláusulas sociais, abriu a possibilidade da negociação.

Cláusulas econômicas

Apesar dos patrões insistirem em oferecer um reajuste miserável, as negociações caminharam para uma proposta mais condizente com o ritmo da produção e o crescimento da economia.

A proposta aprovada pelos trabalhadores em assembleia garantiu um reajuste de 8% nos salários da categoria.

Cláusulas Sociais

Além do reajuste dos pisos e dos salários, o acordo também aprovou a manutenção das cláusulas que garantem benefícios como o quinquênio, a estabilidade do aposentando, o auxílio-creche, o auxilio-estudante, entre outros. A garantia destas cláusulas no acordo é fundamental, pois nenhum destes benefícios está previsto em lei, sendo garantidos apenas pelo acordo coletivo.

Todos os anos, durante a campanha salarial, a importância da manutenção destas cláusulas fica ainda mais evidente. É lamentável constatar os constrangimentos e o desrespeito a que são submetidos os trabalhadores no dia-a-dia das fábricas. A despreocupação com a saúde e a falta de democracia no local de trabalho são as questões mais freqüentes relatadas pelos metalúrgicos.

Os patrões baseiam sua relação com os trabalhadores apenas como custo e lucro, esquecendo-se de que se trata de seres humanos, que têm direitos, e que devem ser respeitados. Além disso, há que se dar valor diante da importância dos trabalhadores na composição do lucro da empresa, pois o lucro nasce da força dos braços de quem produz. "Não podemos deixar nossa dignidade dentro do armário quando trocamos de roupa para entrar na empresa", insistiu o presidente Lírio Segalla durante as assembleias.

Negociação

Durante as rodadas de negociação os patrões insistiram em manter uma proposta de reajuste muito abaixo do esperado e também em reduzir direitos dos trabalhadores, o que foi prontamente rejeitado pelo Sindicato. A mobilização dos trabalhadores e a disposição em lutar por um acordo justo fez com que os patrões recuassem. "Não podemos aceitar qualquer proposta, por que o que está em jogo é a valorização do nosso trabalho e o bem estar das nossas famílias", defendeu Lírio.


Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre

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