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09.09.09   |   Geral

Deputados E Entidades Exigem Revelação Do Assassino De Elton Da Silva

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O recrudescimento da violência do governo tucano contra os movimentos sociais reforçou a união entre deputados e entidades, que exigem a revelação do assassino do sem terra Elton Brum da Silva.

Ele foi morto pelas costas com um tiro de espingarda calibre 12 disparado pela Brigada Militar durante a desocupação da Fazenda Southall, em São Gabriel, no dia 21 de agosto. “É dever cobrar a responsabilização dos culpados”, advertiu o secretário adjunto da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

Rogério Sottili veio a Porto Alegre exclusivamente para participar da audiência da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia que tratou do tema, na manhã desta quarta-feira (9). Ele adiantou que o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana retornará ao RS na próxima semana para acompanhar os desdobramentos do triste episódio e pedir providências ao governo.

"Mesmo sendo ré em processo de corrupção, a governadora Yeda Crusius mantém a empáfia e exacerba ao investir contra as manifestações sociais", afirmou a presidente do Cpers-Sindicato, Rejane de Oliveira. O deboche chegou a tal ponto que a Justiça Global irá denunciar o assassinato de Elton à Organização das Nações Unidas (ONU).

A direção da CUT/RS exige o afastamento da promotora de São Gabriel, Lisiane Villagrande, que endossou a ação da BM resultante na morte do sem-terra. Já a presidente do Cpers-sindicato voltou a pleitear o impeachment da governadora.

Por sua vez, o presidente da Comissão, deputado Dionilso Marcon (PT), anunciou um projeto de sua autoria propondo a criação de uma Comissão de Mediação de Conflitos no Estado.

Além disso, deputados e entidades querem discutir o agravamento da violência da Brigada Militar e a preservação do Estado Democrático de Direito com o Ministério Público Estadual e criticaram o cancelamento de reuniões já agendadas. “Será que teremos de ocupar o MPE?”, ironizou o deputado Raul Pont (PT). Marcon também cobrou do MPE a reabertura das escolas itinerantes que funcionavam junto aos assentamentos dos sem-terra e que foram fechadas em função do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre promotores e o governo Yeda Crusius, sem a presença de representantes do MST.

“As ações da BM não se limitam aos sem-terra, atingem também lideranças sindicais e populares”, alertou Sottili, ao ressaltar que desde 1996, quando 19 sem-terras foram mortos em Eldorado dos Carajás, no Pará, não surgiam notícias de fatos com tamanho impacto nacional e internacional como o da morte de Elton.

Cedenir de Oliveira, da direção do MST, denunciou que os sem-terras estão impedidos de acampar até mesmo em áreas cedidas e também à beira de estradas. Segundo ele, há mais de 150 processos contra integrantes do Movimento.

Já o sem-terra Pedro Nilson Paz Silva detalhou aos deputados a operação da BM que culminou na morte de Elton. Disse que entre os cerca de 40 feridos estavam duas crianças. Os policiais usaram cachorros e cavalos e obrigaram algumas lideranças a sentarem em um formigueiro. “Teve um sem-terra que levou 11 pontos na cabeça e outro, sete”, criticou Silva, apontando a falta de preparo dos policiais e a prática de atos de tortura que comprometem a democracia.

A deputada Marisa Formolo (PT) propôs à Comissão que faça uma coletânea de fotos para denunciar a truculência do governo Yeda. Ela também quer retomar o debate sobre o projeto que impede o uso de cães e de cavalos junto às manifestações sociais. Mais uma vez, o deputado Raul Pont manifestou sua inconformidade com a não revelação do assassino de Elton, já que o próprio ex-ouvidor do Estado, Adão Paiani, afirma que o autor foi um oficial da BM.


Fonte: PT SUL - Stella Máris Valenzuela.

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