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22.02.23   |   Geral

Desde o golpe de 2016, salário mínimo não saiu do lugar e trabalhador perdeu renda

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Retomada agora, a política de valorização do salário mínimo foi interrompida justamente a partir de 2016, ano do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Nos sete anos seguintes, ficou abaixo da inflação em três. O resultado indica que o piso nacional, que acumulara 77% de ganho real até então, praticamente não saiu do lugar. Para uma inflação (INPC) de 44,66%, acumulou reajuste de 47,94% – apenas 2,27% acima. (Confira abaixo histórico de reajustes elaborado pelo Dieese.)

Com isso, a consequência foi redução do poder de compra. Um trabalhador remunerado pelo mínimo comprava o equivalente a 2,02 cestas básicas em 2015. No ano passado, 1,62 cesta, queda de 19,8%. 

Mais prejuízo para quem ganha menos

“A inflação vem acumulando alta em 12 meses, desde o segundo semestre de 2020, como resultado basicamente da elevação dos preços de três grupos de itens que compõem os orçamentos familiares: alimentação e bebidas, transportes e habitação”, destaca o Dieese, em nota técnica publicada em janeiro. “Isso significa que os trabalhadores com renda muito próxima ao valor do SM foram os mais afetados com o rebaixamento drástico do poder de compra.”

A partir de 1º de janeiro, o salário mínimo oficial passou de R$ 1.212 para R$ 1.302. Reajuste de 7,42%, para uma inflação de 5,93% – ganho real de 1,41%. Foi o único aumento efetivamente acima da inflação durante o governo anterior, mas, como diz o Dieese, “insuficiente para colocar o piso salarial nacional em rota de recuperação, como ocorria até 2016”. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o piso irá a R$ 1.320 em 1º de maio.

Pagamento atinge 60 milhões

Assim, o reajuste sobre o valor de 2022 é de 8,9%. Mas, para saber o ganho real, será preciso aguardar o INPC dos quatro primeiros meses deste ano. O de fevereiro, assim como o IPCA, será divulgado pelo IBGE no dia 10 de março. No primeiro mês de 2023, o INPC variou 0,46%, somando 5,71% em 12 meses.

O instituto lembra ainda que se estima em 60,3 milhões o número de pessoas com rendimento referenciado no salário mínimo. Isso inclui empregados, trabalhadores autônomos e no setor doméstico, empregadores, aposentados e pensionistas. O reajuste de janeiro correspondeu a aproximadamente R$ 69,3 bilhões a mais na economia.

Reajustes do salário mínimo x inflação (INPC)

2003 – Reajuste de 20% / Inflação de 18,54%

2004 – Reajuste de 8,33% / Inflação de 7,06%

2005 – 15,38% x 6,61%

2006 – 16,67% x 3,21%

2007 – 8,57% x 3,30%

2008 – 9,21% x 4,98%

2009 – 12,05% x 5,92%

2010 – 9,68% x 3,45%

2011 – 6,86% x 6,47%

2012 – 14,13% x 6,08%

2013 – 9,00% x 6,20%

2014 – 6,78% x 5,56%

2015 – 8,84% x 6,23%

2016 – 11,68% x 11,28%

2017 – 6,48% x 6,58%

2018 – 1,81% x 2,07%

2019 – 4,61% x 3,43%

2020 – 0,58% x 0,19%

2021 – 5,26% x 5,25%

2022 – 10,18% x 10,16%

2023* – 7,42% x 5,93%

 

Fonte: Rede Brasil Atual

 

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