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16.04.20   |   Geral

Maioria dos deputados gaúchos votou a favor da MP 905 que tira direitos em meio à pandemia

Divulgação

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A maioria dos deputados federais do Rio Grande do Sul votou a favor da Medida Provisória (MP) nº 905/2019, que foi aprovada por 322 votos a 153 na calada da noite de terça-feira (14). Dos gaúchos, houve 18 votos favoráveis, 10 contrários e três ausentes. A votação foi pela internet. Veja abaixo como votou cada parlamentar gaúcho.

A matéria segue agora para análise do Senado. Caso não seja votada até a próxima segunda-feira (20), a MP 905 caduca e perde validade.

Vergonha

“Trata-se de uma vergonha. Em vez de aprovarem medidas para proteger os trabalhadores e salvar vidas diante da pandemia do coronavírus, a maioria dos deputados se curvou aos interesses dos empresários gananciosos e oportunistas para tirar ainda mais direitos trabalhistas, retirar dinheiro da Previdência, diminuir a renda da classe trabalhadora e aumentar a pobreza, a miséria e a exclusão social”, critica o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

“Vamos marcar na paleta esses deputados, que enganaram os trabalhadores e as trabalhadoras na hora de pedir o voto, e iremos denunciá-los nas suas bases eleitorais, para que não sejam reeleitos”, avisa o dirigente sindical.

Carteira verde e amarela

A MP 905 cria a carteira verde e amarela, flexibilizado direitos trabalhistas e contribuições sociais para baratear a contratação de jovens de 18 a 29 anos e trabalhadores com mais de 55 anos.

O salário será de até 1,5 salário mínimo. As empresas serão isentas da contribuição previdenciária (20%), reduzindo a arrecadação do INSS, e das alíquotas do Sistema S (de 0,2% a 2%). A multa de 40% do FGTS em caso de desligamento será diminuída para 20%.

Poderão ser contratados com a carteira verde e amarela até 25% dos trabalhadores da empresa.

Bancários

A MP 905 restringe a jornada de seis horas dos bancários aos que operam exclusivamente no caixa, podendo ser prorrogada até 8 horas diárias, não excedendo 40 horas semanais.

Estarão liberadas aos sábados, domingos e feriados as atividades de automação bancária, teleatendimento, telemarketing, serviço de atendimento ao consumidor, ouvidoria, áreas de tecnologia, segurança e administração patrimonial, atividades bancárias de caráter excepcional ou eventual e em feiras, exposições ou shopping centers e terminais de ônibus, trem e metrô.

Resistência

A oposição resistiu e tentou adiar a votação da MP 905, sendo que PSB, PT, PDT e Psol entraram em obstrução. Por conta disso, a sessão durou quase 10 horas.

O texto considera acidente de trabalho no percurso casa-emprego somente se ocorrer no transporte do empregador. Acordos e convenções de trabalho devem prevalecer sobre a legislação ordinária, súmulas e jurisprudências do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e de tribunais regionais do trabalho, exceto se contrariarem a Constituição Federal.

Foi retirado o dispositivo que estendia o trabalho aos domingos e feriados a todas as categorias e mantido o pagamento do abono do PIS/Pasep somente com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, desistindo de estender a todos os bancos privados.

Como votaram os deputados gaúchos

Sim à MP 905 que tira direitos dos trabalhadores

Afonso Hamm (PP-RS)

Alceu Moreira (MDB-RS)

Bibo Nunes (PSL-RS)

Carlos Gomes (Republicanos-RS)

Daniel Trzeciak (PSDB-RS)

Danrlei (PSD-RS)

Giovani Cherini (PL-RS)

Giovani Feltes (MDB-RS)

Lucas Redecker (PSDB-RS)

Marcelo Brum (PSL-RS)

Marcelo Moraes (PTB-RS)

Márcio Biolchi (MDB-RS)

Maurício Dziedrick (PTB-RS)

Nereu Crispim (PSL-RS)

Osmar Terra (MDB-RS)

Pedro Westphalen (PP-RS)

Sanderson (PSL-RS)

Santini (PTB-RS)


Não à MP 905 que tira direitos dos trabalhadores

Afonso Motta (PDT-RS)

Bohn Gass (PT-RS)

Fernanda Melchionna (PSOL-RS)

Heitor Schuch (PSB-RS)

Henrique Fontana (PT-RS)

Liziane Bayer (PSB-RS)

Marcel van Hattem (NOVO-RS)

Maria do Rosário (PT-RS)

Paulo Pimenta (PT-RS)

Pompeo de Mattos (PDT-RS)


Não votaram

Jerônimo Goergen (PP-RS)

Marcon (PT-RS)

Marlon Santos (PDT-RS)

 

Fonte: CUT-RS com Agência Câmara e Congresso em Foco

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