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NOTÍCIAS

07.02.09   |   Crise Financeira Internacional

Sindicato Fez Ato Contra Gerdau

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Charqueadas, RS, organizou ato público na quarta-feira, 4, contra a anunciada demissão de trezentos trabalhadores pela Gerdau Aços Especiais. A manifestação reuniu lideranças comunitárias, sindicais e políticas com o objetivo de forçar a empresa a recuar.

O presidente Jorge Luiz Silveira de Carvalho argumenta que foram mantidas três rodadas de negociações com a diretoria da empresa na busca de alternativa que não a demissão. Ele observa que a empresa tem se mantido irredutível sob a alegação de que o nível de ociosidade supera a casa dos 30%. Carvalho destaca que o objetivo é fechar um acordo tal qual foi feito com a GKN, de flexibilização da jornada de trabalho.

De acordo com Silveira de Carvalho durante as reuniões os dirigentes da Gerdau acenaram com a possibilidade de fechamento da fábrica: “Como o grupo adquiriu a integralidade da siderúrgica Villares, em São Paulo, não pode ser desconsiderada esta ameaça de fechamento. Primeiro vêm as demissões e depois a desativação”.

Para ele a dispensa de trezentos dos pouco mais de 1 mil empregados na unidade agravaria ainda mais o quadro social da cidade. Ele assegura que vários prestadores de serviço tiveram que fechar suas portas por causa de rescisão de contrato que mantinham com a Gerdau, responsável por quase 75% da arrecadação do município.

De acordo com o dirigente sindical a empresa quer o respaldo da entidade na sua decisão porque cláusula constante no contrato de dissídio coletivo da categoria estabelece que demissões não podem ser superiores a 1% do quadro funcional: “Eles querem enxugar o quadro para elevar seus lucros”.

Observa, ainda, que as demissões em fevereiro evitariam o pagamento de adicionais especificados em dissídio. No caso de dispensas em março a empresa terá de pagar um salário a mais, além de todos os direitos trabalhistas. Em abril elas não podem ocorrer porque o dissídio tem data-base em maio e as correções foram definidas ainda no ano passado: INPC integral do período de doze meses e mais 25% de aumento real, além do pagamento de abono de R$ 1,5 mil para todos os trabalhadores.

Procurada para expor sua posição a empresa informou, via assessoria de imprensa, que só pode se manifestar por meio de comunicados pois encontra-se em período de silêncio, como determina a legislação que rege as companhias de capital aberto, até a apresentação, em 19 de fevereiro, dos resultados financeiros do ano passado.



Fonte: Roberto Hunoff, de Caxias do Sul, RS

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