SÃO PAULO - A brusca retração da produção da indústria automobilística em dezembro para ajuste de estoques já começou a ser sentida na rede de concessionárias, que já sofre com a falta de alguns modelos de veículos. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) contribuiu para o crescimento das vendas de automóveis no varejo em janeiro, que anotou um crescimento de 5,1%, de acordo com dados divulgados ontem pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores) (Fenabrave. Em relação a janeiro de 2008, a queda das vendas de autos foi de 6,74%. Somando os comerciais leves, a alta foi de 3,16% em relação a dezembro.
Com isso, os resultados da indústria no mês passado, que serão divulgados na próxima segunda-feira, deverão ser mais animadores do que os registrados no último trimestre. "A base do mês de dezembro é muito baixa e estimamos que a produção de janeiro registre crescimento", afirmou Mariana Oliveira, da Tendências Consultoria. De acordo com ela, o descompasso entre a produção e a demanda das concessionárias é natural em período de volta de férias coletivas.
Na SP Japan, distribuidora da Honda, a falta de modelos já foi sentida pelos consumidores. "É um resultado da queda de produção. Não é o mercado que está pedindo", afirmou o gerente de Vendas da concessionária, Alexandre Franklin. De acordo com ele, os pedidos para as montadoras estão 40% menor se a base de comparação for setembro do ano passado.
Já na Da Vinci Fiat, a redução do IPI aumentou as vendas em quase 50%. A redução da produção também é apontada como a responsável pela falta de modelos - principalmente os de entrada - na concessionária. "Os pedidos para as montadoras já aumentaram desde o incentivo", afirmou o vendedor Carlos Alberto dos Santos.
Na Brasilwagen Center Norte, revendedora da Volkswagen, a expectativa é que a falta de carros para pronta-entrega esteja resolvida dentro de duas semanas. De acordo com a concessionária, as vendas registram melhora a partir de janeiro.
O presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, afirmou que as medidas das montadoras foram necessárias para a redução dos estoques. "Tudo foi levado de forma muito equilibrada entre montadoras e concessionárias", afirmou Reze. De acordo com o empresário, a entidade apoia o corte de produção , já que estoques significam custos.
Reze lembrou que existe um risco de queda das vendas em 2009 e que as estimativas oficiais da federação deverão ser fechadas em abril.
Baseados no forte recuo da demanda do setor de caminhões - fenômeno comprovado ontem com mais uma queda das vendas, agora de 24,45% em janeiro, ante dezembro, segundo a Fenabrave -, os fabricantes fazem ajustes.
A Volkswagen Caminhões suspendeu temporariamente o terceiro turno de trabalho em sua fábrica de Resende (RJ).
A Iveco decidiu, pela terceira vez, conceder período de férias coletivas a seus funcionários em Sete Lagoas (MG), o que ocorrerá até o dia 2 de março. A decisão foi tomada pela empresa para a "adaptação do estoque". Na mesma linha, a Pirelli Pneus informou ao Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo que vai conceder férias coletivas aos 1.800 funcionários da unidade de Santo André (SP).
A redução do IPI contribuiu para o crescimento das vendas de automóveis no varejo em janeiro, que subiu 5,1%. Mas com a brusca freada na produção da indústria automobilística em dezembro, para cortar estoques, começou a faltar uma série de modelos de carros nas redes de concessionárias.
Na SP Japan, distribuidora da Honda, a falta de modelos já foi sentida pelos consumidores. "É um resultado da queda de produção. Não é o mercado que está pedindo", afirmou o gerente de Vendas da concessionária, Alexandre Franklin. Os pedidos para as montadoras estão 40% menores se a base de comparação for setembro do ano passado, segundo ele. Na Da Vinci Fiat, a redução do IPI aumentou as vendas em quase 50%. "Os pedidos para as montadoras já aumentaram desde o incentivo", afirmou o vendedor Carlos Alberto dos Santos.
Fonte: DCI
