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03.02.09   |   Crise Financeira Internacional

Emprego Na Indústria Tem Queda Para Dezembro Desde 2003, Diz Cni

A indústria brasileira fechou o mês de dezembro com os piores resultados dos últimos seis anos. De acordo a pesquisa mensal do setor realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o emprego na indústria caiu 0,5% em relação a novembro e as horas trabalhadas na produção caíram 8%.

Esses são os piores números da série histórica da CNI, iniciada em 2003, para meses de dezembro. Apesar da queda nesses indicadores, o faturamento da indústria cresceu 1,4%, depois de cair 11% em novembro. Os dados descontam os efeitos da sazonalidade do período.

"A desaceleração está se dando de forma mais abrangente do que a gente imaginava", disse o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto.

Mais cedo, o IBGE divulgou os dados sobre a produção industrial, que teve em dezembro o pior resultado desde 1991.

A crise também levou a indústria a registrar o menor índice de capacidade instalada desde abril de 2006 (80,2%). Essa é uma das principais preocupações do Banco Central para reduzir cautelosamente os juros, pois o alto uso da capacidade indica a possibilidade de pressões inflacionárias.

"A política monetária está atrasada em relação a esse processo. O Banco Central está dançando em um ritmo diferente da nossa economia. É preciso um movimento mais ágil para evitar o agravamento desse quadro", disse o presidente da CNI. "Agora tem menos gente no salão, então a gente percebe melhor quando ele entra atrasado."

Começo de 2009

Na comparação com o mesmo período do ano passado, dois indicadores também apresentam os piores resultados para meses de dezembro no governo Lula. O faturamento caiu 2% e as horas trabalhadas recuaram 4,6%. O emprego teve avanço de 1,9%, pior resultado desde dezembro de 2005.

Monteiro Neto disse que os dados de janeiro a março não devem vir tão ruins como no final do ano passado, mas prevê uma recuperação somente a partir de abril.

"Não estamos imaginando que esse tombo que tivemos no último trimestre do ano passado vá se repetir, mas ainda teremos no primeiro trimestre um processo de desaceleração, ainda que mais suave", afirmou. "A partir do segundo trimestre, certamente vamos ter um processo de leve recuperação."

Apesar da crise, o resultado acumulado no ano passado apresentou os melhores números da série. Houve, no entanto, desaceleração ao longo de 2008.

O faturamento, que chegou a acumular alta de 8,9% em julho, caiu para 5,7% no final do ano. Já o emprego, que começou 2008 com avanço de mais de 5%, terminou o ano acumulando alta de 4%.

Lula

O presidente da CNI também afirmou que a crise ainda não afetou a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como mostra a pesquisa divulgada hoje pela CNT/Sensus.

"Os efeitos da crise não são percebidos de maneira muito rápida. O presidente Lula é um grande comunicador. Mesmo quando a crise estava se instalando, ele transmitiu uma posição de confiança, disse que a crise foi produzida fora do país", afirmou.

Ele afirmou que dificilmente o governo manterá esse mesmo nível de aprovação, mas afirmou que ainda é cedo para fazer avaliações em relação às eleições de 2010.

"Nesse momento, ainda é possível justificar essa avaliação. Mas adiante, não poderemos saber se isso vai se manter dessa forma. Mas dificilmente o governo manterá o mesmo nível de aprovação que tem hoje."


Fonte: Folha de São Paulo

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