A crise financeira afetará quase todas as empresas do sul do país, conforme estudo da Pricewaterhouse Coopers em parceria com a Câmara Americana de Comércio (Amcham), divulgado nesta quarta-feira. De acordo com a pesquisa, 96,3% dos entrevistados afirmam que a crise mundial terá impacto no seu negócio, sendo ele moderado para 53,7% deles.

A primeira consequência da crise será, conforme 64,8% dos executivos, a redução dos investimentos previstos na expansão de novos negócios. A seguir, haverá aumento de preços (medida apontada por 71,6% dos entrevistados), que, para 60,5% dos entrevistados, ficará entre 5% e 10%.

As perdas financeiras também serão provocadas pela alta carga tributária — item que mais provoca impacto negativo nos negócios, conforme 66,7% dos entrevistados. Depois aparecem os elevados custos financeiros (33,3%) e competitividade desleal (29,6%). A saída é, conforme apontam os executivos, explorar novos mercados (59,3%) e segmentos de produtos específicos (42,6%).

A terceira sondagem A Força da Região Sul ouviu executivos de empresas com faturamento anual acima de R$ 100 milhões (90,7%) e com mais de mil funcionários (66,7%).

Investimentos

O Rio Grande do Sul lidera o ranking dos investimentos previstos para este ano (37%), seguido por Santa Catarina e Paraná (ambos com 33,3%). Ainda assim, o Paraná lidera a expectativa de crescimento (55,6%) na comparação com os demais Estados brasileiros, índice que cai para 42,6% com relação a Santa Catarina e 31,5% ao Rio Grande do Sul.

No Paraná, aparecem como vantagem a localização estratégica e a qualidade de vida, enquanto os incentivos fiscais são a principal desvantagem. Santa Catarina tem a qualidade de vida e de mão-de-obra, além da segurança, como vantagens.

As desvantagens são e a malha viária e a matéria-prima. O Rio Grande do Sul tem a qualidade de vida e de mão-de-obra como os principais atributos. Os problemas são a carga tributária e a localização.

A pesquisa avaliou ainda a competitividade das capitais dos três Estados do Sul em relação às demais do país. Curitiba lidera a lista (50%), seguida por Florianópolis (44,4%) e Porto Alegre (40,7%).

Fonte: Zero Hora.com