Cerca de 300 metalúrgicos fizeram protesto hoje (28) de madrugada, das 6 às 8h, em frente à fábrica de colheitadeiras da John Deere em Horizontina, nas Missões, protestaram na frente da empresa contra as demissões na companhia.

No ato público os funcionários demitidos – desde outubro já foram quase 800 trabalhadores dispensados – e dirigentes sindicais pediram a revisão das demissões, “porque elas são injustificáveis”. De acordo com o o presidente do sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina, Alcindo Kempfer, “esta crise é fabricada pelos patrões”. Segundo ele, o setor vem de um período de grande crescimento e lucros.

A posição é endossada pela Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS. De acordo com o presidente da entidade, Milton Viário, os empresários têm interesses já conhecidos: buscar dinheiro público para injetar em suas empresas; buscar uma reestruturação produtiva e flexibilizar os direitos trabalhistas. ”Nós não vamos permitir isso e vamos continuar fazendo manifestações de protesto”, avisa ele, citando o 11 de fevereiro, data marcada pela CUT Nacional como o Dia Nacional em Defesa do Emprego.

A data também foi lembrada por Kempfer em outra manifestação feita na praça central de Horizontina, em frente à Prefeitura. Do carro de som, os líderes sindicais denunciaram “a falsa crise”, vigiados de perto por um forte aparato da Brigada Militar, em número, segundo Kempfer, nunca visto em Horizontina.

Depois do ato, os sindicalistas se reuniram para avaliar o movimento e definir os próximas manifestações.

Fonte: FMTRS