Em 2011, o Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina, através de seu departamento jurídico, ingressou na Justiça por meio de ação coletiva contra a empresa John Deere, para que fosse pago o adicional de insalubridade devido aos trabalhadores. A empresa havia parado de pagar o adicional para cinco setores do chão de fábrica desde 2006.

Após anos de tramitação, a Justiça do Trabalho reconheceu que o adicional é um direito dos trabalhadores de duas áreas da empresa - o setor de primários e o de pintura. Este setores além de voltarem a receber o benefício, também têm direito ao recebimento dos valores retroativos à cinco anos, a contar da data de ajuizamento da ação.

A Justiça já liberou o pagamento dos valores devidos aos trabalhadores do setor de primários. No total, 223 metalúrgicos receberão R$ 7 milhões. A assessoria jurídica do sindicato estima que em abril, os mais de 150 trabalhadores do setor de pintura também estarão recebendo os valores atrasados.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina, Jorge Ramos, a decisão da Justiça foi o resultado do trabalho sindical unindo esforços através da ação coletiva, que levou ao reconhecimento e ao reparo do direito dos trabalhadores. "Este é o papel do sindicato, representar os interesses da categoria e lutar para que a nossa voz seja ouvida", afirma.