As demissões de 502 funcionários ocorridas na semana passada na Jonh Deere, no município de Horizontina, acendeu a luz de alerta da crise entre e categoria no Estado. Com estas demissões a Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul já contabiliza 2.940 demissões no estado. “É hora de reagirmos”, conclama o presidente da Federação, Milton Viário, convocando a categoria para um grande ato público amanhã, quarta-feira, 28, no município de Horizontina.

Os sindicalistas esperam reunir centenas de metalúrgicos de todo o estado em frente às fábricas que estão demitindo, a partir das 5 horas da manhã, para fazer um protesto e a denúncia de que os empresários estão demitindo por motivos espúrios. “O que está por trás destas demissões são, mais uma vez, os interesses dos empresários em buscar dinheiro público para injetar em suas empresas; buscar uma reestruturação produtiva e flexibilizar os direitos trabalhistas”, denuncia Milton Viário.

O dirigente avisa que a categoria não vai aceitar a onda de demissões de braços cruzados. “Vamos procurar revê-las e evitá-las, saindo às ruas para garantirmos nossos empregos e, sobretudo, os nossos direitos”, avisou o dirigente, anunciando uma jornada de mobilização até o dia 11 de fevereiro, Dia Nacional em Defesa do Emprego, chamado pela Central Única dos Trabalhadores, que deve ser marcado por atos públicos em todos estados.

Neste dia, diz Viário, os trabalhadores devem cobrar também do governo federal uma mudança no modelo econômico vigente, que é voltado para a economia internacional. “O governo precisa implantar um modelo econômico voltado à criação de emprego e distribuição de renda. Só assim teremos garantias de um futuro mais estável e seguro”, calcula.