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20.01.09   |   Crise Financeira Internacional

Governo Foca Medidas De Emprego Na Industria

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse que o foco das novas medidas do governo para estimular a economia será o setor industrial. De acordo com o ministro, o resultado negativo na geração de emprego em dezembro deste setor preocupou o governo. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o último mês de 2008 registrou o fechamento líquido de 273.240 postos de trabalho somente pela indústria. "A indústria é o setor mais afetado pela crise e a que tinha o estoque mais alto de trabalhadores", afirmou Lupi durante entrevista coletiva em que anunciou os dados do Caged de dezembro e de 2008.
Ainda de acordo com o ministro, a expectativa é de que o mercado formal de trabalho permaneça fraco ainda em janeiro e fevereiro. "Em março acredito que teremos uma retomada da oferta de emprego", disse. O ministro voltou a defender queda na taxa Selic pelo Banco Central como forma de estimular o ritmo de crescimento da economia. Ele chegou a arriscar uma aposta para a reunião que começa amanhã e termina na quarta-feira. "Acho que 0,5 ponto é o mínimo que podemos esperar. Já estou sendo chamado de José Alencar dois por cobrar tanto a queda do juro", disse.
A piora na crise econômica levou o Brasil a registrar em dezembro do ano passado o pior resultado para o emprego com carteira assinada em dez anos. Segundo dados do Ministério do Trabalho, foram fechados 654.946 postos de trabalho no mês passado, o pior resultado desde 1999, início da série histórica do Caged. Desde então, o pior desempenho era o de dezembro de 2004, quando houve o fechamento de 352 mil vagas formais de trabalho.
"Nós nunca perdemos tantos empregos como em dezembro e isso é o que provocou esse resultado", disse o ministro do Trabalho. No balanço do ano de 2008, foram criadas 1,452 milhão de vagas, resultado 10,2% abaixo do registrado em 2007. O número se refere à diferença entre as contratações e demissões realizadas no período. O governo esperava que fossem abertos 2,1 milhões de novos postos de trabalho no ano passado, mas as demissões de novembro e dezembro vieram acima da média e prejudicaram o resultado do ano. Considerando o número de contratações e demissões, o Caged registrou dois novos recordes. No ano passado foram contratados 16,659 milhões de trabalhadores, e dispensados 15,2 milhões. Para o ano de 2009, o governo mantém a previsão de que serão criados 1,5 milhão de empregos formais, acima do anotado em 2008.
Na quinta-feira passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o levantamento oficial constataria uma média acima do comum de cerca de 600 mil dispensas em dezembro em todo o País. O número ultrapassa a média de 300 mil a 400 mil na série histórica do mês.
No mês de dezembro, a maior parte das demissões ficou concentrada na indústria de transformação, que fechou 273 mil postos, praticamente o dobro do anotado no mesmo mês do ano passado. Outro setor afetado foi o de serviços, com 117 mil demissões, ante 41 mil em dezembro de 2007. Por estado, São Paulo foi o que fechou mais vagas (275 mil) no mês. No ano, a indústria de transformação contratou menos: 179 mil pessoas, ante 395 mil em 2007. Já o setor de serviços registrou pequeno crescimento, de 587 mil para 648 mil entre os anos. A construção civil, por sua vez, passou de 177 mil contratações para 198 mil, enquanto o comércio registrou desaceleração de 405 mil para 382 mil vagas. Por região, São Paulo foi o que mais contratou no ano, onde foram criadas 525 mil vagas.

Os Cortes
Por setor
No País, em dezembro
Indústria extrativa mineral -3.121
Indústria de transformação -273.240
Construção civil -82.432
Comércio -15.092
Serviços -117.128
Agropecuária -134.487
Serv. ind. de utilidade pública -980
Adm. pública -28.466
Total -654.946

Os subsetores da indústria de transformação
No País, em dezembro
Minerais não-metálicos -6.109
Metalurgia -17.333
Mecânica -16.160
Mat. elét. e comunicações -9.605
Mat. de transporte (inclui ind. automobilística) -14.892
Madeira e mobiliários -12.691
Papel, papelão -4.311
Borracha, fumo, couros -9.592
Química e prod. farmacêuticos -14.653
Têxtil e vestuário -29.346
Calçados -28.852
Produtos alimentícios -109.696
Total -273.240



Fonte: Jornal do Comércio

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