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18.01.09   |   Crise Financeira Internacional

Possibilidade De Reduzir Salários Alimenta Crise E Deve Ser Rejeitada, Diz Cut

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, aprovou a decisão das centrais sindicais de suspenderem as negociações com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) sobre como evitar o aumento do volume de demissões. Para ele, o acordo que vinha sendo desenhado --redução de jornada e dos salários-- "era um absurdo" e, portanto, não podia ir para a frente.

"Não vou discutir com quem quer reduzir salário. Isso vai contra nossa tese para a manutenção dos empregos, já que para manter a economia em ordem dependemos que os trabalhadores mantenham o nível de renda e tenham tranquilidade nos seus empregos", disse. "Reduzir salário significa menos consumo, o que levaria a uma desaceleração."

As conversas entre as centrais sindicais --sem a participação da CUT-- e a Fiesp travaram porque os empresários não quiseram dar garantia de emprego no caso da redução da jornada de trabalho e dos salários. Devido ao impasse, as centrais decidiram ontem recuar, encerrar as negociações por 10 dias e colocar o governo federal na discussão. "Eles fizeram muito bem. Desde o começo sou contra a redução dos salários", disse Henrique.

Além disso, o presidente da CUT também criticou a linearidade do acordo, o que traria a redução da jornada de trabalho para todas as empresas. "O acordo faria com que setores que não estão em crise entrassem debaixo desse guarda-chuva, o que é desnecessário."

As conversas com o governo se iniciam já na tarde de segunda-feira, quando a CUT e mais cinco centrais sindicais --Força Sindical, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Nova Central, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)-- irão se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As centrais defendem que os governos federal, estaduais e até municipais reduzam impostos e que o BC (Banco Central) corte "drasticamente" a taxa de juros no país, em pelo menos 2 pontos percentuais. Essas concessões, na avaliação das centrais, permitiriam negociar com as empresas reduções de jornada de trabalho sem corte dos salários.

"Ele quer saber o nosso diagnóstico para o problema do desemprego, e também apresentaremos nossas propostas", disse Henrique. "Para nós [as centrais sindicais], ter unidade é fundamental. A função das centrais é buscar soluções para evitar que o trabalhador perca o emprego e a renda."

Estados e municípios

Para Henrique, a discussão deve incluir necessariamente Estados e municípios. Segundo ele, os governadores e prefeitos também devem ajudar as empresas com medidas fiscais --mesmo que temporárias-- assim como o governo federal já fez para alguns setores e planeja ampliar. Porém, rejeita que as empresas beneficiadas ainda tenham a prerrogativa de realizar demissões.

"Precisamos saber qual é a vontade dos Estados e municípios para reduzir temporariamente os impostos em troca da garantia da manutenção dos empregos", disse. "O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por exemplo, poderia ser reduzido por três ou quatro meses. E o IPVA também, especialmente para carros usados, já que é importante que esse setor não pare".

Nesse sentido, Henrique ordenou que as sedes estaduais da CUT entrem em contato com governadores e prefeitos das principais cidades.


Fonte: Folha on line

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