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15.01.09   |   Crise Financeira Internacional

Em Vez De Punição, Incentivo Para Vagas

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Em preparação desde o final do ano passado, o novo conjunto de medidas do governo tem foco na manutenção do emprego. Em vez da punição proposta pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, interlocutores do Planalto consideram mais provável que o incentivo norteie o pacote a ser anunciado na próxima semana.

– Castigo não é a melhor solução, o melhor é a premiação – pondera Julio Sergio Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, um dos formuladores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Depois de conviver por 11 meses com Guido Mantega, Almeida considera positivas as reuniões do ministro com diferentes setores no início do ano, antes das férias:

– O Mantega ouve, de fato.

Um plano ousado de investimentos públicos, forte redução do juro básico e incentivo direto ao crédito são os eixos que divisa para o novo conjunto de medidas. Almeida sabe que no Planalto o termo “pacote” é vetado, por estar associado a medidas impopulares, mas considera ter chegado a hora de mudar de foco:

– Está na hora de colocar o bloco na rua. Mais do que um bloco, uma escola de samba – avalia Almeida.

– A infraestrutura e a construção civil foram os setores eleitos para combater a crise porque não dependem de consumo, renda, emprego, mas podem mantê-los, fazendo a roda da economia girar – detalha o presidente da Associação Brasileira da InfraEstrutura e Indústrias de Base, Paulo Godoy, um dos ouvidos por Mantega.

Espécie de conselheiro informal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo também considera a punição a empresas que demitem uma “má interpretação” da intervenção do governo. Considera mais provável a vinculação de redução de encargos sobre a folha à garantia do nível de emprego. Na sua avaliação, o governo sabe que precisa agir, mas está limitado por instrumentos de controle:

– Há uma conspiração antigasto. O governo está desaparelhado, e órgãos como o Tribunal de Contas e o Ministério Público tendem a se armar contra o gasto. É lógico que não se pode permitir irregularidades, mas é preciso agir para substituir o investimento privado que até agora gerou renda e sustentou a economia.

– A ordem é investir pesado e com mais agilidade – reforça Paulo Safady Simão, presidente da Câmara da Indústria da Construção Civil (Cbic), um dos interlocutores de Mantega no início do ano.

Medidas de redução de tributos e simplificação para financiamentos devem completar o pacote que o governo já está embrulhando, adianta Simão. O dirigente avalia que janeiro vai mudar o tom do governo, deixando de “apagar incêndios” para uma coordenação mais abrangente.



Fonte: Zero Hora

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