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09.01.09   |   Crise Financeira Internacional

Estoque De Carros Cai E Dá Alívio A Montadoras

SÃO PAULO - O objetivo de diminuir os estoques de veículos das montadoras e concessionárias levou a indústria automobilística a recuar em 47,1% a sua produção durante o último mês de 2008. Após a freada brusca - um resultado da intensificação das férias coletivas promovidas pelas fabricantes durante o mês de dezembro - somado ao aumento das vendas impulsionadas com a redução do Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), que baixou os preços para o consumidor final, os estoques das montadoras e concessionárias ficaram, juntas, em 36 dias, o que representou 211.625 unidades estocadas. A redução foi significativa na comparação com o mês de novembro, quando a média de dias do estoque anotou 56 dias.

Com o resultado, os estoques chegaram a um número semelhante do obtido em outubro do ano passado, de 38 dias. Antes da crise que abateu o País no último trimestre do ano, estoque parecido foi registrado apenas em setembro de 2006, quando os veículos ficaram estacionados cerca de 37 dias antes de serem vendidos. Antes de outubro, a média do estoque estava na média de 28 dias.

Em contrapartida da queda de produção, o mercado interno já demonstrou sinais de recuperação, conforme mostrou os números do licenciamento de autoveículos novos, que registrou um aumento de 9,4% em dezembro em relação a novembro, anotando 194,5 mil unidades. "São reflexos das medidas do governo que começaram a surtir efeito no final do ano", afirmou, ontem, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider.

Mesmo com o ano de 2008 podendo ser dividido em duas etapas - antes e depois de setembro -, conforme definiu Schneider, o Brasil pulou posições em relação ao ranking mundial da indústria automobilística, segundo levantamento prévio realizado pela Anfavea. Em relação ao tamanho do mercado interno, o País saltou da oitava posição para a quinta, passando na frente do Reino Unido, França e Itália. Já em relação à produção, o Brasil passou do sexto maior produtor para quinto, ultrapassando a França e ficando atrás do Japão, China, Estados Unidos, Alemanha e Coreia do Sul, país que não configura entre os maiores mercados mundiais.

Reação

Os sinais de recuperação do mercado não foram suficientes para a entidade divulgar as projeções para 2009. Após postergar a divulgação dos números em dezembro - quando tradicionalmente a associação apresenta suas perspectivas para o ano seguinte -, a Anfavea preferiu não arriscar o tamanho do mercado brasileiro para este ano. "Precisamos de um prazo maior para análise, pois ainda não sabemos a dimensão dos efeitos das medidas do governo", disse Schneider. A redução do IPI, fator que ajudou a alavancar as vendas durante dezembro, vigora até março.

O presidente da Anfavea afirmou que acredita que a queda brusca da produção de dezembro não deve ocorrer em janeiro, por conta do aumento das vendas. No entanto, de acordo com ele, os números não serão ainda próximos dos obtidos em janeiro de 2008, mês em que foram produzidos 250,2 mil autoveículos.

Por outro lado, segundo o executivo, os estoques ainda estão elevados, fato que foi demonstrado com a prorrogação de férias coletivas de algumas montadoras neste mês, como foi o caso da General Motors (GM). "Nesse momento, um aumento da produção vai depender muito das montadoras", disse. Em dezembro, a produção total de autoveículos foi de 102,1 mil unidades, contra as 193,1 mil de novembro. Já em dezembro de 2007, foram produzidas 222,1 mil unidades.

Emprego

A retração da produção do setor no período também foi sentida pela redução de vagas no setor. Apenas no setor de autoveículos foram extintas quase duas mil vagas em dezembro em relação a novembro. "Essas demissões estão ligadas principalmente à questão da exportação, que já começou a viver uma queda desde o meio do ano", disse Schneider. Segundo o executivo, está certo que o mercado de exportação será menor em 2009, mas ainda não dá para prever qual será a queda.

Na mesma linha do discurso das montadoras - e na mesma semana em que a Renault suspendeu contrato de trabalho de mais de mil funcionários por cinco meses -, o presidente da Anfavea admitiu que a flexibilização trabalhista é benéfica para a manutenção dos empregos não só em período de crise financeira. "Cada empresa vai dizer qual será o seu desenho de flexibilização", afirmou Schneider.

O objetivo de diminuir os estoques de veículos das montadoras e concessionárias foi alcançado. Os estoques caíram 30,7% - de 56 para 36 dias - entre os meses de novembro e dezembro, graças à estratégia das fabricantes de veículos de reduzir em 47,1% a sua produção durante o último mês de 2008. A essa redução se somou o aumento das vendas, impulsionadas pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que baixou os preços para o consumidor final.

Com o resultado, os estoques chegaram a um número semelhante do obtido em outubro do ano passado, de 38 dias. Antes da crise que abateu o País no último trimestre do ano, estoque parecido foi registrado apenas em setembro de 2006, quando os veículos ficaram estacionados 37 dias antes de serem vendidos. Antes de outubro, a média do estoque estava em 28 dias.

Em contrapartida à queda de produção, o mercado interno já demonstrou sinais de recuperação, conforme mostram os números do licenciamento de autoveículos novos, que registrou um aumento de 9,4% em dezembro em relação a novembro, anotando 194,5 mil unidades. "São reflexos das medidas do governo que começaram a surtir efeito no final do ano", afirmou, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider.

A intensa queda de demanda no último trimestre de 2008 não foi suficiente para abalar o melhor ano da história da indústria automobilística no Brasil.

Com crescimento de 8% em relação a 2007, o setor produziu mais de 3,21 milhões de unidades em 2008.

Já as vendas subiram 14,5%, e chegaram a 2,82 milhões de veículos comercializados. Esses números também são recordes para o setor no Brasil.




Fonte: DCI

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