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06.01.09   |   Crise Financeira Internacional

Corte De Imposto Destrava Venda Da Veículos Em Dezembro

SÃO PAULO - A decisão do governo de cortar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos ajudou a destravar as vendas de automóveis em dezembro, interrompendo uma série de quedas iniciada em outubro com o agravamento da crise de crédito internacional, afirmou nesta terça-feira a associação que representa concessionárias do país, Fenabrave.


O corte no imposto, aliado a um retorno do financiamento de veículos novos e ausência de grandes anúncios de demissões no país, ajudou as vendas de automóveis e comerciais leves a crescerem 10,61 por cento em dezembro contra novembro, para 183,92 mil unidades, segundo a entidade.


No conjunto de todo o setor, que inclui ainda caminhões, ônibus, motos e equipamentos para implementos rodoviários, houve avanço de 11,54 por cento, para 345,45 mil unidades. No ano, as vendas totais foram de 4,85 milhões de veículos, crescimento de 14,15 por cento sobre 2007.


Diante da retomada a partir da segunda metade de dezembro, quando o governo decidiu zerar o IPI incidente sobre carros populares, a entidade acabou por revisar uma sombria projeção de queda de 19 por cento nas vendas de automóveis e comerciais leves em 2009 para crescimento de 4,2 por cento, a 2,783 milhões de unidades. Para o setor todo, a projeção agora é de alta de 3,13 por cento, a 4,895 milhões de unidades.


"A projeção anterior tinha sido feita sobre os números de outubro e novembro e início de dezembro e com o panorama geral da economia naquele momento nós teríamos uma queda de 19 por cento, ou quase 700 mil veículos a menos, em 2009", disse a jornalistas o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze.


"A atitude do governo impactou no sentido de frear a queda ... O crescimento sobre novembro foi até razoável dado o cenário", afirmou Reze.


Segundo ele, a nova projeção "mais aprofundada" representa um número "extremamente" positivo. Mas "é evidente que esses números terão de ser reavaliados, até porque a renúncia fiscal do governo vai até 31 de março", disse Reze. Ele afirmou que o governo está indicando que agirá para deter desemprego e queda do Produto Interno Bruto, apesar de não ter demonstrado interesse em prolongar a desoneração.
O presidente da Fenabrave afirmou que o estoque de veículos usados no setor, apontado pelas montadoras como um dos entraves para a venda de novos, caiu significativamente nos últimos 20 dias, mas não forneceu números precisos.

Reze afirmou porém que o mercado segue com descompassos diante do aperto de crédito a camadas mais baixas da população. Ele citou como exemplo o fato de que o sedã médio Civic, da Honda, que custa cerca de 60 mil reais, foi o segundo automóvel mais vendido a pessoas físicas, com 5,4 mil unidades. Ficou atrás apenas do popular Gol, da Volkswagen, com 11,1 mil unidades.

Entre as marcas, a Fiat fechou 2008 na liderança, com participação de mercado de 24,62 por cento, seguida pela Volkswagen, com 21,91 por cento. General Motors aparece em terceiro, com 20,54 por cento, seguida pela Ford, com 9,74 por cento das vendas de automóveis e comerciais leves.


Fonte: Reuters

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