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NOTÍCIAS

06.01.09   |   Crise Financeira Internacional

Montadoras Fecham 2008 Com O Pior Resultado Em 15 Anos Nos Eua

Quatro das principais montadoras de veículos do mundo informaram queda de mais de 30% das vendas nos Estados Unidos em dezembro. No acumulado de 2008, as companhias também registraram negócios menores.

Segundo o site do jornal "The Wall Street Journal", o desempenho de GM, Toyota e Ford nos EUA, com perdas superiores a 30% das vendas em dezembro, fez do resultado em 2008 o pior em 15 anos.

As vendas da General Motors nos Estados Unidos diminuíram 31,4% (para 221.983) em dezembro e 22,9% no acumulado de 2008, com 2.980.688 veículos negociados.

A General Motors informou que os números de dezembro mostram uma recuperação da demanda, pois são 43% maiores que os relativos às vendas de novembro de 2008. A GM também afirmou que fechou o último ano com uma participação de mercado de 22%.

A também americana Ford, por sua vez, registrou vendas 32,4% menores do grupo nos Estados Unidos em dezembro, segundo informou hoje a companhia, que fechou "um dos piores anos de sua história".

No conjunto de 2008, a procura foi 20,7% inferior ao ano anterior, seguindo a tendência de todo o setor nos EUA. Em 2008, a Ford vendeu 1.988.376 veículos, contra 2.507.366 em 2007. No ano, a participação ficou em 14,2% --o que significa 0,4% a menos do que há um ano.

Jim Farley, vice-presidente de Marketing e Comunicações do grupo Ford, afirmou através de um comunicado que os resultados de dezembro "são um forte final de um ano muito difícil".

Em dezembro, as vendas de carros comuns da Ford foram de 43.087 unidades, uma queda de 26,4% em relação ao mesmo período de 2007, enquanto as de caminhonetes, que incluem Land Rovers, picapes e outras, foram de 91.027 unidades, que correspondem a uma queda de 33,9%. No total, as vendas de veículos da Ford em dezembro somaram 139.067 unidades.

A Chrysler, por sua vez, disse hoje que vendeu 89.813 veículos em dezembro, 53% a menos que no mesmo mês do ano passado, e que terminou 2008 com uma redução das vendas de 30% com a comercialização de 1.453.122 unidades.

A marca Jipe, especializada na venda de veículos 4x4, perdeu 48% de sua demanda em dezembro (23.091 unidades) e 30% em todo o ano.

A terceira marca do grupo, Dodge, vendeu 47.269 veículos, o que representa uma redução de 52% em dezembro. No conjunto de 2008, a perda da Dodge foi 26%.

Apesar das graves perdas registradas, o presidente da Chrysler, Jim Press, afirmou através de um comunicado que a companhia "começa este ano mais forte e melhor colocada para ter êxito no mercado".

Japonesas

A japonesa Toyota informou recuo de 37% nas vendas em dezembro nos EUA, de 141.949 unidades, com recuo similar entre carros, caminhonetes e utilitários. No acumulado de 2008, o resultado foi 16% menor que em 2007, com a venda de 2,22 milhões de unidades.

Também com perdas na casa dos 30% em dezembro, o grupo Honda vendeu 86.085 veículos nos Estados Unidos durante o último mês do ano passado, 34,7% a menos que há um ano, e encerrou 2008 com vendas totais de 1.428.765 unidades (retração de 8,2%).

A companhia japonesa disse que as vendas da divisão Honda em dezembro foram de 75.405 automóveis, 34% a menos que no mesmo período do ano passado, e que as vendas totais no ano chegaram a 1.284.261 veículos, 6,7% a menos que em 2007.

Ajuda

Em 19 de dezembro, o governo americano anunciou ajuda para o setor automobilístico com até US$ 17,4 bilhões, tirados do chamado Tarp (Programa para Alívio de Ativos Problemáticos, na sigla em inglês), o pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro e destinado inicialmente a resgatar empresas do setor bancário com problemas ligados a papéis "podres" (com alto risco de calote).

De início a General Motors (GM) e a Chrysler terão acesso a US$ 13,4 bilhões, com outros US$ 4 bilhões que podem ser oferecidos em março. O acordo exige como contrapartida das empresas a apresentação de dados que mostrem que estão em condição financeiramente viável até o fim de março de 2009.

Em discurso à época, o presidente George W. Bush afirmou que deixar montadoras quebrarem "não é uma ação responsável".


Fonte: Folha de São Paulo

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