Rio Grande: Calor leva 8 mil metalúrgicos a greve

 

Oito mil metalúrgicos do Estaleiro Rio Grande permanecem em greve desde o início da semana em razão da falta de estrutura para o trabalho sob o forte calor. Eles suspenderam as atividades na segunda-feira, 10, e apresentaram uma lista de reivindicações à Ecovix, empresa que constrói cascos do tipo FPSO para a Petrobras usar na extração do petróleo do pré-sal.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves, as reivindicações também incluem as cláusulas econômicas, como equiparação salarial para funções semelhantes, mas o foco central são as condições de trabalho consideradas inadequadas pela categoria.

"Quando a temperatura chega a 40 graus na rua a sensação térmica pode superar 50 graus em cima dos cascos e passar dos 60 graus para quem está vestido com roupas de couro e soldando", afirma Benito. " Já tivemos situações em que mais de 15 trabalhadores desmaiaram”.

Os dirigentes sindicais estão cientes de que o verão deste ano tem sido atípico, mas é certo de que a atividade laboral é prejudicada também pela água que sai quente dos bebedouros, reduzido número de banheiros e intervalos insuficientes para os trabalhadores se refrescarem.

Em assembleias realizadas no final da tarde de ontem e no início da manhã de hoje, os funcionários decidiram seguir paralisados. Não há previsão para a retomada dos serviços. O comando de greve aguarda uma posição patronal para fazer novas negociações.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande

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