Pesquisa mostra que industriais seguem confiantes no crescimento econômico do país
Brasília – O otimismo dos industriais brasileiros continua praticamente inalterado quanto aos rumos da recuperação econômica do país. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) concluída ontem (21) com 2.038 empresas de todos os estados, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ficou em 63,4 pontos, com leve queda em relação aos 64 pontos do mês passado.
Verifica-se, no entanto, queda significativa na comparação com o Icei de junho, que registrou 66 pontos, e retorno ao patamar de julho. Conforme nota técnica da CNI, o Icei varia de zero a 100 pontos e qualquer valor acima de 50 indica confiança do empresariado. Mesmo com a retração, o Icei está acima da média histórica de 59,5 pontos, numa demonstração de que a expectativa dos industriais é de otimismo.
A pesquisa da CNI ouviu 1.132 pequenos industriais, 638 de médio porte e 268 grandes empresários, e constatou que o indicador de confiança caiu em todos os níveis. Nos empreendimentos menores, o Icei teve redução de 0,3 ponto, nas grandes empresas a queda foi mais acentuada, de 0,7 ponto, e as empresas de porte médio revelaram o menor índice de confiança do ano com registro de 62,6 pontos.
Dos 26 setores da indústria, 16 registraram queda no Icei de setembro (na comparação com agosto). Os mais otimistas, com Icei acima de 67 pontos, estão nos segmentos farmacêutico, de equipamentos de transporte e de limpeza e perfumaria. Os empresários menos confiantes são dos setores de madeira, metalurgia básica e couros, que derrubaram o Icei da indústria de transformação para 62,1 pontos.
A expectativa dos empresários da indústria para os próximos seis meses também caiu de 66,8 pontos para 65,8 pontos no mês, mas permanece acima da média histórica de 63,7 pontos, de acordo com o gerente da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. Ele disse que “o otimismo elevado sinaliza que os industriais continuarão investindo em suas empresas, comprando matéria-prima e contratando mão de obra. Ninguém espera uma paralisação desse crescimento”.
Fonte: Agência Brasil