Metalúrgicos vão às ruas pelo fim da desindustrialização

Imprensa FTMRS
Metalúrgicos vão às ruas pelo fim da desindustrialização

No dia em que Porto Alegre comemora 240 anos, aproximadamente 5 mil gaúchos foram às ruas do Centro da Capital em defesa da produção e do emprego. O movimento unificado reuniu representantes das centrais sindicais de trabalhadores, entidades empresariais e estudantes no ato Grito de Alerta – O Brasil não pode Parar!

Esta é uma mobilização inédita, de abrangência nacional contra a desindustrialização que está impondo o fechamento de milhares de postos de trabalho. A indústria está sendo fortemente abalada pela invasão de importados. “Fábricas estão se tornando montadoras”, alerta o presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS, Flávio José Fontana de Souza (Flavião).

Flavião salienta que a indústria de transformação é a que mais está sendo atingida. A qualidade na mão-de-obra especializada está caindo e em consequência o emprego. 

O secretário-geral da CUT Nacional, Quintino Severo, lembrou a necessidade de união neste processo de construção de independência e de alternativas. “Insistir na queda de juros é essencial”, declarou.
Quintino também comentou o fato de os trabalhadores estarem juntos com as entidades patronais nesta mobilização. “Não tem problema em estar com os empresários. A nossa pauta permanece e vamos continuar lutando por melhores salários e condições de trabalho”.

O secretário de Organização de Política Sindical da CUT/RS, Claudir Nespolo, criticou a falta de isonomia do setor produtivo.”Precisamos de igualdade para competir. Está acontecendo uma perda na cadeia produtiva”.

Após a caminhada que saiu da Esquina Democrática até o Palácio Piratini, representantes do movimento entregaram um documento com 22 medidas emergenciais para a retomada da indústria para a vice-presidente da Assembleia Legislativa, Zila Breitenbach e depois foram recebidos pelo Governador Tarso Genro que se comprometeu com a mobilização. “Eu vou entregar o documento à presidenta Dilma e dizer que compartilho. Contem comigo!”, afirmou.

O governo estadual aproveitou a ocasião para distribuir a 1° Carta de Concertação, documento com agenda de ações relacionadas ao tema e um informe sobre a desindustrialização. Tarso Genro falou do lançamento da política de desenvolvimento industrial para o RS com incentivos para 22 setores prioritários, que acontece dia 28 de março. 

 O Rio Grande do Sul foi o primeiro dos cinco estados que estarão mobilizados pelo Grito de Alerta. Os próximos atos acontecerão em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Distrito Federal.

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Fonte: Imprensa FTMRS

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