Os empregados da Unidade de Horizontina da John Deere entraram em greve, na manhã desta segunda-feira, por tempo indeterminado. O grupo é formado por cerca de 1,5 mil trabalhadores, a maioria atuando na fábrica. Eles exigem aumento imediato de 10% como reposição das perdas salariais, dez dias de férias relativas ao final do ano de 2010, a retirada das câmeras de monitoramento, a inclusão do adicional de insalubridade para os que não têm o benefício, e o reconhecimento das doenças por esforço repetitivo ou causadas pela atividade laboral para a inclusão no cadastro do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS).

Conforme o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Horizontina, Irineu Schöninger, os funcionários vão aguardar novas negociações com a diretoria da empresa. "Eles vão agora para casa e devem retornar amanhã. A greve é por tempo indeterminado, mas pode terminar ainda hoje, pois depende das negociações com a empresa", explica.

No total, a planta de Horizontina tem dois mil funcionários, que produzem colheitadeiras de grãos e plantadeiras para exportação. Os trabalhadores estavam em estado de greve desde a segunda-feira passada, quando a diretoria foi comunicada oficialmente da intenção do sindicato. A última tentativa de negociação ocorreu na sexta-feira, sem avanços.

Entre 2008 e 2009, conforme levantamento do Sindicato dos Metalúrgicos, 800 empregados foram demitidos por causa da crise econômica mundial. A reportagem aguarda manifestação da diretoria da John Deere Brasil.

Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=