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09.12.22   |   Economia

Endividados, brasileiros devem comprar menos neste Natal, aponta pesquisa

ALEX CAPUANO

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O fracasso da Black Friday com queda de 4% no número de pedidos pela primeira vez desde que a promoção feita no comércio com promessas de preços reduzidos foi utilizada em 2010 no Brasil, acendeu o sinal de alerta para as empresas de que neste ano o Natal será mais magro, tanto na mesa da ceia quanto na distribuição de presentes a amigos e familiares.

Uma pesquisa feita Associação Brasileira das Empresas de Comércio Eletrônico (Abcomm), aponta aumento real de apenas 3,8% nas vendas do Natal de 2022 sobre a mesma data do ano passado. Em 2021, no mesmo período, a alta foi bem maior do que no ano anterior: 18% sobre as vendas.

Além de comprar menos, o valor médio que o brasileiro deve gastar nas compras de Natal este ano está em R$ 450, segundo a Abcomm, praticamente empatado com os R$ 445 gastos no Natal de 2021- um reajuste muito abaixo do esperado pelos comerciantes.

"O alto endividamento das famílias, além do câmbio desfavorável, que impactou o preço de muitos produtos, em especial eletrônicos, obriga as pessoas a serem mais assertivas nas suas escolhas de consumo", diz Rodrigo Bandeira, vice-presidente da Abcomm, ao jornal Folha de São Paulo, que publicou a pesquisa.

Outra pesquisa também aponta para queda de vendas no Natal. De acordo com o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) o aumento nominal (sem descontar a inflação) nas compras será de 5%. A inflação acumulada pelo IPCA nos últimos 12 meses, porém, é de 6,47% até outubro.

Endividamento das famílias no governo Bolsonaro

O Natal mais magro dos brasileiros por causa das dívidas não é nenhuma surpresa. Desde o início do governo de Jair Bolsonaro (PL), economistas e dirigentes CUTistas alertam para a queda de renda dos trabalhadores e trabalhadoras como resultado da condução da economia do país no atual governo.

A precarização do trabalho, a falta de investimentos em obras públicas geradoras de emprego, os constantes aumentos nos preços dos alimentos, nas contas de água, luz e combustíveis, são alguns dos fatores que elevaram a inflação e consequentemente ao empobrecimento da população.

O resultado de toda a má gestão do atual governo acaba refletindo no aumento de dívidas das famílias, que estão parcelando até a compra de alimentos e os pagamentos da água e da luz no cartão de crédito, que no Brasil tem juros estratosféricos. A média da taxa de juros praticada pelo mercado é de 13,96% ao mês. No acumulado do ano, pode chegar a 379%, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

A parcela de famílias com dívidas, em atraso ou não, ficou em 78,9% em novembro deste ano. A taxa é inferior aos 79,2% de outubro, mas superior aos 75,6% de novembro de 2021, de acordo com a “Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic)”, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulga na última terça-feira (6).

Porém, as famílias que dizem que não terão condições de pagar suas contas subiram para 10,9%, acima dos 10,6% de outubro e dos 10,1% de novembro do ano passado.

A parcela daqueles que se consideram muito endividados aumentou de 14,8% em novembro de 2021 para 17,5% em novembro deste ano. O comprometimento médio da renda com dívidas ficou em 30,4%, acima dos 30,3% de outubro deste ano e de novembro de 2021.

Já as famílias inadimplentes, ou seja, com dívidas em atraso, somavam 30,3% em novembro deste ano, mesmo patamar do mês anterior, mas acima dos 26,1% de novembro de 2021.

Fonte: CUT Nacional com informações da Agência Brasil

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