A deflação registrada em agosto, não atingiu os preços dos alimentos e manteve o litro de leite longa vida custando mais do que um litro de gasolina. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do país, foi de 0,73% em agosto, a menor taxa da série histórica, iniciada em novembro de 1991. A queda foi impactada pela redução nos preços dos combustíveis.

A maioria da população, no entanto, ainda não sente o efeito dessa queda em seu orçamento justamente porque o maior peso nos gastos mensais dos brasileiros mais pobres, vem do Grupo Alimentos e bebidas, que subiu 1,12% em agosto.

E, neste grupo, o leite longa vida permaneceu da lista dos vilões de agosto, com alta de 14,21%. No mês passado, o produto havia subido mais ainda (22,27%). A alta acumulada no ano é de 79,79%.

Os aumentos do leite chamam a atenção porque o litro do produto está mais caro do que um litro de gasolina.

O leite longa vida Molico desnatado da Nestlé, está sendo vendido no site das Lojas Americanas por R$ 13,57, se for com cálcio custa R$ 7,99. E se o consumidor preferir o zero lactose vai pagar R$ 13,99. No site um aviso: pode ser pago com cartão de crédito.

Já a média de preços da gasolina em São Paulo, é de R$ 5,35, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No país, a gasolina está sendo vendida, na média, por R$ 5,40 e já pode ser encontrada a menos de R$ 5 em pelo menos 13 estados.

Fonte: CUT Nacional