O andamento das mesas de negociação de Máquinas Agrícolas e Metalurgia da campanha salarial 2022/2023, que estão na segunda rodada, foi o assunto da live da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS), transmitida pela página no facebook da entidade. Centenas de pessoas acompanharam a live que abordou a pauta patronal, o debate na mesa, a produção nas indústrias, a pauta dos trabalhadores e apontou novos rumos para a campanha.
A mediação ficou por conta do tesoureiro da FTM-RS, Milton Viário, que destacou que o índice para repor esse ano, conforme os indicadores oficiais, ficarão em torno de 12 a 13%, devido a alta da inflação. Ele informou, ainda, que na próxima semana haverá mobilizações nas portas de fábricas de todo o estado.
“Todo ano, é recorrente a fala da FIERGS sobre crise, dessa vez é uma crise inédita”, declarou o presidente da FTM-RS, Lírio Segalla, ao abordar a realidade da produção na indústria da base, o documento emitido pela FIERGS. Ele lembrou também que todos os direitos dos trabalhadores foram frutos de muita luta. “O que eles querem é manipular os trabalhadores que para não dar o nosso reajuste, que na verdade não passa de uma reposição”, enfatizou Lírio.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, Paulo Chitolina falou sobre a pauta em Canoas e como está a negociação. São quatro cláusulas que estão sendo ajustadas e mais dois temas especiais que a entidade está tratando, a representação dos trabalhadores terceirizados e ajuda de custo para quem está em home office. “Estamos fazendo um debate bem legal com a categoria”, destacou ele.
Destacando a retirada do quinquênio e a mudança no percentual do banco de horas, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Rosa, Sávio dos Santos abordou a proposta patronal nas Máquinas Agrícolas e disse que não é surpresa, os patrões apresentarem suas pautas. “Vamos lutar para não perdemos essas pautas que conquistamos com muita luta. Os trabalhadores já estão sofrendo muito com inúmeras perdas”, afirmou.
A tesoureira do Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim, Sandra Weishaupt enfatizou a pauta das mulheres, os possíveis avanços dessas cláusulas e relatou a mesa da metalurgia. “Precisamos repor as perdas dos trabalhadores, já fizemos sacrifícios durante a pandemia. Os trabalhadores esperam pelo mês de maio há muito tempo para terem um aumento e uma vida um pouco mais digna.”
Fonte: FTM-RS
