A live da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) deu o ponta pé inicial na campanha salarial 2022/2023 da categoria. A transmissão foi através da página da Federação no facebook e os convidados abordaram temas como a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), inflação, custo de vida, carestia e a expectativa para as negociações.
Segundo o presidente da FTM-RS, Lírio Segalla, a campanha deste ano depende da união dos trabalhadores com os sindicatos. "A situação de vida dos brasileiros está muito difícil e os trabalhadores sabem disso ao ver a carestia dos alimentos e combustíveis. Porém, o tamanho da nossa conquista irá depender do tamanho da nossa mobilização", disse.
Em seguida, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Panambi, Jorge Martins falou das principais reivindicações como o aumento real de 2,5%, além da reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), vale refeição. "Além da manutenção das cláusulas sociais da nossa Convenção, que são fundamentais", lembra.
Já as reivindicações das trabalhadoras metalúrgicas foram abordadas pela vice-presidente da Federação, Eliane Morfan. Ela explicou que são cinco cláusulas específicas para as trabalhadoras que são mães e mulheres que sofrem violência doméstica, por exemplo. A dirigente disse também que a pauta foi construída no Coletivo de Mulheres da FTM-RS, nos últimos meses. "São cláusulas importantes e que valorizam a trabalhadora."
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Marau, Passo Fundo e Tapejara, Alexson José da Silva enfatizou que a realidade enfrentada pelos trabalhadores nos dias de hoje é de grande dificuldade. "O suor do nosso rosto não está garantindo a nossa dignidade. Por isso precisamos lutar para mudar essa realidade", acredita.
Por fim, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da grande Porto Alegre, Adriano Filippetto, falou sobre a disposição de luta da categoria. De acordo com ele, os metalúrgicos estão engajados e interessados, sabem que sem luta, não há conquista. "Por isso, a próxima semana será de mobilização em portas de fábricas e de diálogo com os trabalhadores", disse ele.
A mediação da live ficou por conta do secretário de Finanças da Federação, Milton Viário, que lembrou o aniversário do golpe militar, que aconteceu na madrugada de 31 de março para 1º de abril de 1964. "Os trabalhadores nunca tiveram avanços em governos militares. A classe trabalhadora só avança em regimes democráticos", salientou.
Fonte: FTM-RS
