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27.01.09   |   Política Internacional

Bélem E Davos Têm Recorde De Chefes De Estado

Criado há nove anos como contraponto do Fórum Econômico Mundial, o Fórum Social Mundial começa hoje, um dia antes de seu rival. Além das ideias, o calor de Belém (PA) se opõe ao frio de Davos, na Suíça. Em comum, os dois terão presença recorde de chefes de Estado – característica que não marca a história de nenhum dos dois eventos.

Na Amazônia, estarão líderes como Luiz Inácio Lula da Silva, Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai), transformando o encontro numa cúpula da nova esquerda sul-americana. Os estatutos do Fórum Social impedem a participação de representantes de governo, a menos que haja convite expresso, caso dos cinco presidentes.

Nos Alpes suíços, onde se costumava celebrar o Estado mínimo, a presença de representantes de governo é recorde, chegando a 42. Lá, estarão os responsáveis por tentar encontrar saídas para a crise, como o primeiro-ministro britânico Gordon Brown.

Foi a nova realidade do continente, explicou Cândido Grybowski, um dos membros do Comitê Internacional de Apoio ao Fórum, a origem da decisão de convidar os presidentes latino-americanos. Michelle Bachelet, do Chile, estava na lista, mas havia optado por ir a Davos. Porém, cancelou a viagem para cuidar de assuntos internos.

Lula já participou de quatro edições. Na última, em 2005, chegou a ser vaiado, o que tem grandes chances de ocorrer em Belém, segundo Ricardo Antunes, sociólogo da Unicamp. O presidente está distante da proposta contrária ao capitalismo dominante no fórum, representada por Chávez e Morales e, de forma mais moderada, por Correa, do Equador, avalia.

– O Fórum Social é um conjunto polissêmico, mas se eu fosse votar, diria que o Lula não tem o que fazer lá e é provável que enfrente apupos novamente – observa Antunes.

Nas gélidas montanhas suíças, o Brasil estará representado este ano pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e pelo chanceler Celso Amorim. Em Belém, a comitiva incluirá 12 ministros, entre os quais a virtual candidata à sucessão de Lula, Dilma Rousseff, da Casa Civil.

Para abrigar dezenas de milhares de participantes, a capital paraense recebeu R$ 145,3 milhões em investimentos públicos, um recorde em relação às edições anteriores. Um terço dos recursos para o evento foi investido na compra de veículos para a polícia.

Em Davos, segurança é obsessão em razão de festas luxuosas, presença de celebridades e comparações de gordas recompensas por resultados corporativos, que devem dar lugar à reflexão e a uma certa catarse coletiva.

– Nos últimos anos, Davos vem tentando se afastar do excesso de euforia que teve sobre o papel dos mercados no início dos encontros – avalia o embaixador Rubens Ricupero.




Fonte: Zero Hora

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