Na manhã desta quinta-feira, 7, o Sindicato realizou assembleia junto aos trabalhadores(as) da Edlo, em Canoas, com o objetivo de esclarecer o andamento das negociações do reajuste salarial deste ano. Na ocasião, os dirigentes também abordaram questões específicas da empresa, como o acordo de participação nos lucros e a participação dos trabalhadores(as) em atividades do Sindicato.

Paulo Chitolina, presidente da entidade, fez uma reflexão sobre a atual conjuntura política do país. Em sua fala, alertou os trabalhadores sobre a necessidade de se somarem ao Sindicato na luta para manter direitos trabalhistas conquistados ao longo dos anos. Chitolina também lembrou que os desdobramentos políticos refletem na mesa de negociações com a patronal, que se utiliza do momento para dificultar o fechamento de bons acordos para os trabalhadores. “Já estamos indo para a quinta reunião com a patronal e até o momento não atingimos nem a inflação nas negociações”, esclareceu o presidente.

O vice-presidente do Sindicato, Silvio Bica, reforçou que a reposição da inflação não é um direito adquirido, mas é o mínimo que deve ser conquistado para que se mantenha o equilíbrio salarial da categoria. Frente à conjuntura política e econômica, o Sindicato, junto com os trabalhadores, definiu em assembleia que a luta da campanha salarial deste ano seria pela reposição da inflação nos salários.

Os trabalhadores também foram informados sobre as dificuldades das demais mesas de negociação do Estado. Os(as) metalúrgicos(as) de Porto Alegre, tomados como exemplo, reivindicam não somente o reajuste salarial, mas também lutam contra possíveis alterações em 25 cláusulas da Convenção Coletiva. Outro exemplo lembrado na porta da Edlo foi a situação dos trabalhadores(as) da Gerdau, em São Leopoldo, que no ano passado conquistaram o reajuste mas tiveram o pagamento negado pela empresa, que oferece apenas um abono salarial.

Novo índice para a PLR

O dirigente Joe Medeiros, também metalúrgico da Edlo, abordou a situação do acordo de participação nos lucros. Segundo Medeiros, a empresa não cumpriu sua parte quando não deu condições para os trabalhadores produzirem e atingirem as metas estabelecidas. Agora, novas reuniões serão realizadas para estabelecer um novo índice para o acordo.

Outra reivindicação posta pelo dirigente foi que a empresa respeite o direito dos trabalhadores(as) de participar das atividades propostas pelo Sindicato, como os campeonatos de futsal. “A Edlo sempre foi representada por um time nos campeonatos organizados pelo Sindicato. É um direito dos trabalhadores e uma forma de estreitar o vínculo da entidade com a categoria”, reforçou Medeiros.


Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC