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04.10.13   |   Sindicatos 2013

Sindicatos alertam sobre acidentes e mortes no trabalho

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“Só emprego não basta, chega de morte, acidente e doença no local de trabalho”. Este é o slogan do alerta que sindicatos urbanos e rurais de Erechim vão trabalhar neste sábado, 5, na Praça Júlio de Castilhos, em Erechim. A atividade coincide com o I Feirão do Emprego e se refere também ao Dia Internacional de Combate ao Trabalho Precário, que é na segunda- feira, dia 07, e em todo o mundo são realizadas ações para alertar sobre o tema. 

O movimento apresenta um levantamento que mostra que as mortes por acidentes e doenças de trabalho no mundo superam até mesmo o número de vítimas de doenças epidêmicas como a AIDS. No Brasil, o numero de acidentes e mortes no trabalho aumentaram em 2011 em relação ao ano anterior. Segundo os últimos dados publicados pelo Ministério da Previdência, o país saltou de 709.474 acidentes em 2010 para 711.164 em 2011. As mortes no local de trabalho subiram de 2.753 em 2010 para 2.884 em 2011. “Os dados oficiais apontam que são 1.950 acidentes e 8 mortes por dia no local de trabalho no país, mas estima-se que os números devem ser ainda maiores, porque muitas vezes as empresas não fazem a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), exigida por lei, sem contar, ainda, os casos que acontecem no mercado informal de trabalho”, calcula o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e coordenador da CUT Regional, Fábio Adamczuk.

Além de ser um problema social, as más condições de trabalho no Brasil também ganham importância econômica. Segundo dados dos sindicatos, os acidentes de trabalho custam ao Brasil cerca de R$ 70 bilhões ao ano, gastos com benefícios às vítimas ou familiares. Este valor equivale quase ao orçamento do Ministério da Saúde para 2012, que chegou a R$ 91,7 bilhões de despesas com a rede de saúde pública em todo o país.

O movimento também alerta para os prejuízos que podem ocorrer para os trabalhadores com a aprovação do PL 4330, que prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade de determinada empresa, sem estabelecer limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. “Se for aprovado, o projeto dará carta branca aos empresários para rasgarem a CLT, acabando com os direitos trabalhistas. Toda a responsabilidade recai sobre a empresa que contrata”, diz Adamczuk. Em 2011 a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) fizeram um estudo que mostra que a terceirização traz vários prejuízos.

Há mais rodízio de mão de obra (o trabalhador fica 2, 6 anos a menos no emprego), impõe uma jornada de trabalho mais longa (o trabalhador terceirizado trabalha três horas a mais por semana) paga salários mais baixos (os terceirizados ganham em média, 27% a menos) e é a forma de contratação que mais registra acidentes (a cada 10 acidentes de trabalho, 8 ocorrem entre terceirizados).

O movimento é integrado pelos Sindicatos dos Metalúrgicos, da Alimentação, dos Bancários, do Vestuário, dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, da Saúde, CEPERS, Sindiágua, dos Professores da UFFS, dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos, Movimento dos Atingidos por Barragens, FETRAF – SUL, Levante Popular da Juventude e Central Única dos Trabalhadores – CUT.

O grupo vai distribuir panfletos durante a manhã de sábado na Praça e conversar com os trabalhadores sobre a necessidade de todos se envolverem para exigir melhores condições de trabalho.

 

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim

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