As campanhas salariais dos metalúrgicos da CUT chegam ao final de 2008 com muitas conquistas para a categoria. Aumentos salariais com ganhos acima da inflação, mudanças nas datas-base e avanços nas cláusulas sociais deram o tom das negociações entre os dirigentes sindicais e os representantes patronais nas mesas de negociação em todo o país, que no total, injetaram R$ 3,6 bilhões na economia do país.
Mais uma vez a classe trabalhadora saiu vitoriosa e os metalúrgicos continuam mostrando a união que tornou a categoria conhecida em todo o mundo.

Confira abaixo algumas das conquistas dos metalúrgicos pelo Brasil

Rio Grande do Sul
Os gaúchos também mobilizaram-se e a FEM/CUT-RS conquistou a maior proposta de dissídio de todas as categorias em negociação no Rio Grande do Sul, no acordo junto às empresas de Máquinas Agrícolas. "Fechamos um reajuste de 10,62% no piso. Para as demais faixas salariais ficou acertado um aumento de 8,75%, além de mais 2% de antecipação", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Passo Fundo, Ailton Araújo.

Pernambuco
Para empresas de até 100 empregados o reajuste foi de 12,19%, com mais um adicional de 2,19%, assim o trabalhador teve um ganho real de 7,65%. O fechamento do acordo pactuado na convenção coletiva da data-base da categoria (1º de setembro) junto aos patrões, assegurou o reajuste de 9,43% para ganha piso salarial de R$ 508,20 (ajudante) e R$ 711,48 (profissional), para empresas acima de 100 funcionários), onde o ganho real ficou em 2,28%. Foi inserida mais uma cláusula no acordo da categoria que trata do assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, além da ampliação de
cláusulas sociais.

"Com o término da Campanha, não só obtivemos uma grande vitória, uma vez que conseguimos um dos maiores reajustes do Brasil. Nosso compromisso é de continuar lutando e defendendo os direitos dos metalúrgicos.", assinalou Betão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco.

Espírito Santo
Foram conquistados três acordos coletivos de trabalho com as empresas Belgo e CST, do grupo ArcelorMittal, e com a Samarco cujo um dos donos é a Vale.

Os trabalhadores terceirizados responsáveis pela manutenção dos equipamentos na Vale e na ArcelorMittal Tubarão saem aumentaram de três para 27 as funções e pisos definidos, conseguiram repor as perdas salariais no índice de 7,26% (INPC do período de 01 de novembro 2007 a 30 de outubro de 2008); voltam a negociar ganho real em março, abono de todos os sete dias de greve, sem descontos das horas ou reflexos sobre outros direitos, como por exemplo, o descanso semanal remunerado.

Amazonas
Em Manaus, a categoria aprovou a proposta patronal com reajuste de 10% para quem ganha até R$ 6.500,00. Os salários podem ser reajustados até em 15%, proporcionalmente ao número de funcionários da fábrica. Quem ganha acima de R$ 6.500,00, terão seus salários ajustados em 8%. No geral, a Campanha 2008 movimentou todas as fábricas do pólo metalúrgico, eletroeletrônico e duas rodas do Amazonas.

Minas Gerais
Vizinhos dos capixabas, os metalúrgicos de Minas aprovaram a proposta da Convenção Coletiva que estabelece aumentos salariais que variaram de 9,5% a 10,5% e, que somados à inflação, atingem até 3,23% de aumento real. Já os pisos tiveram aumentos que chegaram a até 14,8%.

Durante as negociações, a FEM/CUTMG garantiu a ampliação de direitos nas cláusulas sociais. "Inauguramos um novo tempo para os metalúrgicos de Minas, em que a unidade dos companheiros vai estabelecer uma nova relação entre capital e trabalho.

Afinal, pela primeira vez tivemos uma campanha salarial, de fato, unificada", disse Marçal. Os metalúrgicos mineiros conquistam acordos salariais com aumentos acima da inflação desde 2004. Também foi incluída na convenção, a cláusula que previne o assédio e dano moral nas empresas. Ao todo, são 120 mil metalúrgicos beneficiados pelo acordo.

São Paulo
A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT conquistou aumentos em todos os grupos, com aumentos acima da inflação que variaram de 3% a 3,6%. Em alguns grupos os trabalhadores também conquistaram abonos e os companheiros nos Grupos 2 e 8 mudaram a data-base para o mês de setembro. "Foi um ano vitorioso para a categoria", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.

Fonte: Imprensa CNM/CUT