O Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina encaminhou, nesta última quinta-feira, ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT), em Porto Alegre, um pedido de anulação das 104 demissões na unidade da John Deere instalada no município do Noroeste gaúcho.
De acordo com o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Santo Ângelo, Marcelo Goulart, representantes da multinacional justificaram as demissões como parte de um programa de reestruturação da companhia, alegando não haver demanda produtiva suficiente para justificar o efetivo de pessoal. Goulart relembrou que, em abril, a John Deere já havia demitido outros 230 com a promessa de readmitir os trabalhadores três meses depois. A postura da empresa, segundo o procurador, é no mínimo contraditória.
Em audiência realizada nessa quinta, em Santo Ângelo, o Ministério Público do Trabaho solicitou à empresa a relação dos empregados demitidos e uma cópia do plano de reestruturação alegado como motivo para as rescisões. O procurador explicou que um inquérito civil vai investigar se há abusos por parte da multinacional. "Parte dos trabalhadores desligados tinha se afastado por auxilio acidente ou doença, o que impede as demissões pelo prazo de até um ano". declarou o procurador do MPT. Uma audiência com a empresa e o sindicato dos trabalhadores foi marcada para a quinta-feira que vem.
Fonte: imprensa/rd.Guaíba