Os 400 trabalhadores e trabalhadoras da Metalsinos, de Araricá, base do
Sindicato dos Metalúrgicos de Sapiranga/RS, paralisaram a produção durante
uma hora e meia a partir do início do expediente na manhã de hoje (10).

A mobilização contou com o apoio de aproximadamente 80 dirigentes de
sindicatos metalúrgicos da região do Vale do Sinos, coordenados pela Federação
dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTMRS/CUT-RS) e teve por objetivo alertar
esta empresa que produz fivelas e outros adornos para calçados e vestuário, bem
como alertar outras empresas da categoria, de que a proposta apresentada pelo
sindicato patronal não atende às expectativas dos metalúrgicos da região.

“Embora a pauta de reivindicações tenha sido encaminhada ao sindicato
patronal no início de abril, apenas duas rodadas de negociação foram feitas até
agora. Na última os patrões ofereceram reajuste de 8%, sendo 7% retroativos à 1º
de maio e 1% para a folha de junho. É muito pouco! Se a patronal não melhorar
a proposta, vamos continuar fazendo atraso nas pegadas. Inclusive não está
descartada a possibilidade de a categoria entrar em greve”, explica o presidente do
sindicato, Mauri Schorn.

Segundo ele, o reajuste tem de ser de acordo com o crescimento e o lucro
das empresas, pois, em anos de “vacas magras”, quem sofre com as demissões
e arrochos salariais são os trabalhadores. Naturalmente, em épocas de “vacas
gordas”, as empresas têm que melhorar salários e benefícios para compensar e
recuperar o poder de compra dos Trabalhadores.

Fonte: stmetal