Sindicato dos Metalúrgicos completa 50 anos

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Sindicato dos Metalúrgicos completa 50 anos
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O Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita/RS, fundado em 1° de setembro de 1960, está completando 50 anos. Apesar da importante data, a direção da entidade resolveu transferir as comemorações para o último trimestre do ano, após as eleições de outubro.

"Temos companheiros que fazem parte desta história e que são candidatos nestas eleições, entre eles o senador Paulo Paim, o deputado federal Marco Maia e os candidatos a deputado estadual Nelsinho - presidente licenciado - e Maria Eunice Wolf, aposentada. Por isso, decidimos, por questões óbvias e em respeito a todos os eleitores de nossa categoria, não fazer nenhuma atividade política e festiva agora, para não vincular a data com as campanhas eleitorais", explicou o presidente interino, Flávio de Souza, o Flavião. "Estamos considerando o 1° de setembro como a data que inaugura o ano do cinquentenário da entidade. Até 31 de agosto do ano que vem podemos promover várias atividades políticas e festivas para celebrar estes 50 anos de lutas e conquistas", explicou.

BREVE HISTÓRICO

O Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas foi concebido entre o fim dos anos 50 e o início dos anos 60, época de importante abertura política pós-Ditadura Vargas e época de grandes mobilizações sociais.

A entidade foi fundada em 1° de setembro de 1960 porque os trabalhadores da cidade entendiam que Canoas já era um importante pólo industrial metalmecânico e os sindicatos mais antigos da região (Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo) não conseguiam representar a contento a categoria local, muito provavelmente em razão da distância (na época os deslocamentos eram mais difíceis para os trabalhadores), da falta de inserção da luta sindical nas fábricas, entre outros motivos.

No começo tudo foi muito difícil: a repressão aos sindicalizados era muito grande e a entidade só existia no papel. Um grupo de metalúrgicos, que faziam reuniões em salões de igrejas e outros locais emprestados, decidiu fazer uma campanha de arrecadação de fundos para a compra de um terreno, onde mais tarde seria construída a sede da entidade. Em pouco tempo, conseguiram juntar o dinheiro que permitiu comprar o lote de terrenos na esquina das ruas Caramuru e Caetés, no centro de Canoas. Ali, em regime de mutirão, construíram a casa que seria a primeira sede da entidade. Esse espírito de solidariedade continua sendo uma espécie de marca registrada da base metalúrgica até os dias de hoje. Com a sede, a sindicalização tornou-se mais fácil e o sindicato conseguiu estruturar-se muito bem na primeira metade dos anos 60. A entidade passou existir de fato somente a partir do dia 1° de maio de 1963, quando conquistou o registro (Carta Sindical) expedido pelo Ministério do Trabalho.

Infelizmente, pouco se sabe da história do sindicato entre 1964 e o final dos anos 70. Foram os piores anos da história do movimento sindical brasileiro, devido à ação represssiva da ditadura militar aos movimentos sociais. Pra piorar, Canoas era considerada "área de segurança nacional" por causa da Petrobras e dos quartéis da Aeronáutica e do Exército na cidade, motivo pelo qual os movimentos sociais ficavam impedidos de prosperar e a vigilância contra os sindicatos era redobrada. Neste período, no Brasil, muitos sindicatos foram fechados e milhares de dirigentes sindicais foram presos, interrogados e torturados, sendo que muitos deles exilaram-se em outros países ou foram mortos pelo regime militar. Não há registro de que o Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas tenha sofrido intervenção ou fechamento, mas é possível que, como os demais sindicatos, era constantemente vigiado. Neste caso, qualquer manifestação política seria sumariamente reprimida.

Na história do sindicato há apenas um caso relatado no site da ONG Tortura Nunca Mais ( www.torturanuncamais-rj.org.br). Na dé

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