Pronto para decolar
Não são poucos os voos previstos no horizonte da Stara, indústria de máquinas agrícolas de Não-Me-Toque que, de um faturamento hoje previsto em quase R$ 1 bilhão neste ano – US$ 450 milhões ao câmbio de ontem –, pretende chegar a US$ 4 bilhões em 2025. Não há qualquer possibilidade de a empresa ser vendida, mas, para sustentar o crescimento previsto, é necessária nova injeção de recursos, que virá de um IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) previsto para 2015.
Crescimento que, como se vê, não é pequeno e que os últimos anos de avanço deixam bem claro. A receita foi multiplicada por 10 em apenas sete anos. Essa trajetória também se confunde com a do líder Gilson Trennepohl, ex-vendedor de pastel, ex-garçom, ex-comunicador, ex-sócio minoritário da indústria, de onde foi demitido anos atrás e para onde voltou como presidente com a meta de bater de frente a concorrência em mercado liderado por multinacionais para se tornar uma referência em agricultura de precisão.
– Não é café pequeno, não, queremos acelerar ainda mais, como o projeto de ter manufatura na Europa ou nos Estados Unidos para desbravar os mistérios do outro lado do Atlântico – disse o empresário, escolhido como patrono do Top de Marketing da ADVB deste ano.
Em palestra na entidade, na terça-feira, na Capital, revelou os desafios de curto prazo, como a construção de outra unidade no município da região do Alto Jacuí.
O primeiro tijolo será colocado ainda neste ano. O primeiro trator deve ser lançado em outubro, com base na alta participação do agronegócio no PIB (26%).
Com 2,6 mil colaboradores (incluindo os da unidade adquirida em Santa Rosa) e exportações a 35 países, vai abrir 800 empregos com a expansão, lastreada em investimento de R$ 250 milhões previsto para os próximos quatro anos.