Passo Fundo e Marau ganham reforço na mobilização da campanha salarial 2013
A caravana dos dirigentes sindicais metalúrgicos das regionais Planalto e Missões intensificaram a mobilização da campanha salarial 2013, na última terça feira, 21 em Passo Fundo e Marau, desde as primeiras horas da manhã.
Rene Ceconello, coordenador da Macro Região Norte, no Processo de Participação Popular e Cidadã do governo Tarso Genro, participou das atividades de mobilização em Passo Fundo e registrou seu apoio e solidariedade. O coordenador disse que os dirigentes dos sindicatos metalúrgicos de Passo Fundo, Erechim, Carazinho, Ijuí, Panambi, Santo Ângelo, Santa Rosa e Horizontina, nesta ação conjunta da campanha salarial, representando as regionais Planalto e Missões da Federação, são exemplos de luta e dedicação.
Novamente o enfoque foi para a pauta de reivindicação, do contrato coletivo de trabalho da CNM/CUT referente à creche; acesso ao local de trabalho; comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA). Além das reivindicações na pauta de negociações nas datas base.
Os metalúrgicos do Rio Grande do Sul filiados à FTM/CNM/CUT reivindicam: reajuste salarial de 10%; redução da jornada de trabalho para 40 horas mensais, sem redução de salário; piso salarial indexado ao regional com valor de no mínimo 10% superior, elevando o valor para R$ 921,14, a partir de 1º de maio de 2013; contrato coletivo; pagamento dos meses com 31 dias para os trabalhadores mensalistas e vale transporte a custo zero, auxilio estudante para os funcionários e dependentes, bem como liberação remunerada para o funcionário frequentar os cursos profissionalizantes dos Institutos Federais e alimentação saudável através do programa de valorização da agricultura camponesa.
O programa visa que a produção chegue na mesa dos trabalhadores, seja nos refeitórios das empresas, Refeitório do Trabalhador, Cozinha do Trabalhador, com capacidade de ser elaborada até 3 mil refeição.
De acordo com o dirigente sindical Ailton Araújo, as tratativas para a elaboração da Planta Baixa e demais projetos complementares de instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, telefônicas, prevenção e combate a incêndio, sistema de proteção a descargas atmosféricas, sonorização, segurança, assim como o cálculo estrutural e de fundações da obra de construção da Cozinha do Trabalhador estão sendo encaminhados com as instituições de ensino do município de Passo Fundo e que o local de instalação será solicitado como contra-partida do município.
Araújo relatou ainda a precariedade do emprego em parte considerável das empresas em Passo Fundo, Marau e Tapejara. O Sindicato dos Metalúrgicos, com frequência protocola pedido de intervenção do MTE, MPT e Vigilância em Saúde do Trabalhado. Essas denúncias são protocoladas nos órgãos competentes com objetivo de que os mesmos adotem as medidas cabíveis para sanar graves desrespeito a Legislação Trabalhista e as normas de Segurança no Trabalho. “É repugnante ver práticas lesivas ao trabalhador, justamente no momento em que estas cidades há mais de dois anos vivem o pleno emprego, com várias medidas de incentivo governamental. A promessa patronal da contrapartida social não está sendo cumprida e só o que vemos é precarização do trabalho.”
Durante as assembleias promovidas nas portas das fábricas, foi dado um histórico das mobilizações que tiveram início com a Marcha da Classe Trabalhadora, em 6 de março em Brasília e a Mobilização Nacional da CUT dia 18 de abril, com a pauta nacional e regional.
A questão do fim dos contratos dos pedágios também foi um dos pontos abordados pelos dirigentes. O apoio da sociedade ao movimento liderado pelos sindicatos de trabalhadores da região é uma resposta indignada ao Judiciário, que impediu o governo do Estado de encerrar os contratos e retirar as praças de pedágio de Carazinho.