Passo Fundo: Agricultura camponesa é debatida entre metalúrgicos

Passo Fundo: Agricultura camponesa é debatida entre metalúrgicos

Ailton Araújo, presidente do Sindicato de Passo Fundo, e  Catia Silva Bauer, representando a Via Campesina, em atividade da Campanha salarial discutiram com os trabalhadores metalúrgicos de Passo Fundo o Programa de Valorização da Agricultura Camponesa, na última quarta-feira, 12.

Catia destacou o Programa  Camponês aliado à reivindicação da pauta dos metalúrgicos que trata da alimentação saudável através do programa de valorização da agricultura camponesa, para que essa produção chegue na mesa dos trabalhadores(as), seja nos refeitórios das empresas, Refeitório do Trabalhador, Cozinha do Trabalhador e em suas casas por meio de fornecimento de cestas básicas como um dos principais caminhos para garantirmos emprego de qualidade.

 

 A dirigente informou que os agricultores camponeses têm uma base produtiva de excelência, pois a produção de arroz orgânico, leite em pó, suco de uva, amora, pêssego e maçã integral, leite pasteurizado tipo C, bebidas lácteas, uma diversidade de mais de 20 produtos de hortaliças, legumes, frutas, tubérculos (são considerados tubérculos alimentos como mandioca, batata, batata salsa, inhame, rabanete, cenoura, beterraba e nabo), parte deles orgânicos e certificados, mel,  sementes agroecológicas com a marca Bionatur, leite in natura, frutas in natura (maça, amora, uva, pêssego), conservas, pré-processados, doces para pão, panificados, açúcar mascavo, já está sendo comercializada e se aumentar o consumo, imediatamente a produção atende a demanda.

 

São 15 agroindústrias em funcionamento as quais incluem processamento de mel, mini-processados de frutas e hortaliças, açúcar mascavo, mandioca, massas e carnes entre outras. Muitas famílias estão em franco processo de transição agroecológica incorporando aspectos produtivos diversificados com a utilização de sementes crioulas e uso de insumos orgânicos, hortos medicinais. Os grupos de mulheres produzem e comercializam, de forma coletiva e comunitária panifícios, alimentos in natura e semi-processados. 

 

Araújo, por sua vez, repudiou o que chamou de CRIME DO LEITE. “Esse é mais um, das dezenas de casos que frequentemente surgem com as diversas falsificações e contaminações de alimentos, medicamentos, etc. tudo  pelo motivo da ganância de buscar lucro a qualquer custo. Diante disso, se faz necessário e urgente regulamentarmos com regras claras e sabermos a origem do alimento que chega em nossas mesas, por esta razão a importância da nossa parceria na viabilidade concreta do programa de Valorização da Agricultura Camponesa.

            Nesse ato, também foi destacado os temas relacionados a Pauta Nacional do Contrato Coletivo de Trabalho da CNM/CUT referente à creche; acesso ao local de trabalho; comissão interna de prevenção de acidentes (cipa); demissões e duração e distribuição da jornada. Mais as reivindicações na pauta de negociações nas datas base. Os metalúrgicos do Rio Grande do Sul filiados à FTM/CNM/CUT reivindicam: 

1- Alimentação saudável através do programa de valorização da agricultura camponesa, para que essa produção chegue na mesa dos trabalhadores, seja nos refeitórios das empresas, Refeitório do Trabalhador, Cozinha do Trabalhador; 

2- Reajuste salarial, 10% para todos os trabalhadores;

3- Redução da jornada de trabalho, para 40 horas mensais, sem redução de salário;

 

4- Piso salarial indexado ao regional com valor de no mínimo 10% superior, elevando o valor para R$ 921,14, a partir de 1º de maio de 2013;

5- Pagamento dos meses com 31 dias para os trabalhadores mensalistas;

6- Vale transporte a custo zero para o trabalhador;

7- Auxílio estudante para os funcionários e dependentes;

8- Liberação remunerada para o funcionário frequentar os cursos profissionalizantes do IFSUL (Instituto Federal Sul-Rio-Grandense); 

 

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